
-
Brasil se declara livre de gripe aviária após foco que afetou exportações
-
Furacão Erick sobe para a categoria 2 no Pacífico mexicano
-
City estreia na Copa de Clubes com vitória sobre o Wydad Casablanca (2-0)
-
Fed mantém juros e rebaixa prognóstico para a economia dos EUA
-
Julgamento de Pelicot se torna peça teatral em Viena como 'homenagem a um ícone' feminista
-
Gennaro Gattuso, um espírito combativo para ressuscitar a 'Azzurra'
-
EUA sanciona 'El Mencho' e outros líderes do cartel Jalisco Nueva Generación
-
Balanço de mortos em ataque russo contra Kiev sobe para 28 pessoas
-
Tsitsipas cai na 2ª rodada do ATP 500 de Halle
-
Khamenei promete seguir lutando e Israel bombardeia instalações nucleares do Irã
-
Museu de Londres oferece acesso 'sob demanda' a milhares de objetos de seu depósito
-
Driussi, do River Plate, sofre lesão no tornozelo e está fora da Copa de Clubes
-
Suprema Corte dos EUA ratifica lei que proíbe transição de gênero para menores
-
Governo argentino autoriza civis a comprar armas semiautomáticas e de assalto
-
Fed deve manter juros ao concluir reunião de política monetária
-
Barcelona anuncia contratação do goleiro Joan García, do Espanyol
-
Rapper do trio norte-irlandês Kneecap, acusado de apoiar o Hezbollah, comparece a tribunal em Londres
-
Julgamento de 'Diddy' Combs, um 'prato cheio' para os influenciadores digitais
-
Princesa Kate cancela presença no Royal Ascot
-
'Argentina com Cristina', apoiadores de Kirchner protestam contra sua condenação
-
Galáxia colorida permite estudar melhor seus segredos
-
Khamenei promete seguir lutando; Israel bombardeia instalações nucleares do Irã
-
Sonho dos táxis voadores continua vivo apesar dos contratempos
-
'Salvador do euro', Mario Draghi, vence Prêmio Princesa das Astúrias de Cooperação Internacional
-
China minimizou teste de míssil com capacidade nuclear, segundo notas diplomáticas neozelandesas
-
Israel bombardeia áreas nucleares do Irã; Khamenei desafia Trump
-
Rússia não tem chance contra uma Otan unida, diz chefe da diplomacia europeia
-
OpenAI diz que Meta ofereceu bônus de US$ 100 milhões para recrutar seus funcionários
-
Nova Zelândia aprova uso medicinal de 'cogumelos mágicos'
-
Ataque israelense provoca 30 mortes em Gaza, anuncia Defesa Civil
-
Israel e Irã prosseguem com ataques; Trump quer 'rendição incondicional' de Teerã
-
Com gol de Sergio Ramos, Monterrey empata com Inter de Milão (1-1) na Copa de Clubes
-
PF pede indiciamento de filho de Bolsonaro por suposta espionagem ilegal
-
EUA bloqueia declaração do G7 sobre Ucrânia
-
Juíza dos EUA ordena volta de passaportes com gênero 'X'
-
Mamelodi Sundowns vence Ulsan (1-0) e lidera grupo do Fluminense na Copa de Clubes
-
Índia e Canadá acordam retorno de embaixadores após conflito diplomático
-
EUA bloqueia declaração firme do G7 sobre Ucrânia
-
Senado dos EUA aprova projeto de lei para regular stablecoins
-
Juventus quer curar suas feridas na estreia na Copa de Clubes contra o Al Ain
-
Prefeita levanta toque de recolher norturno em Los Angeles
-
Trump dá mais 90 dias ao TikTok para encontrar comprador não chinês
-
Renovado, Manchester City estreia na Copa de Clubes contra o Wydad Casablanca
-
Cristina Kirchner vai cumprir pena em sua residência em Buenos Aires
-
Trump prorroga por 90 dias prazo para venda do TikTok
-
Detido por tentar impedir expulsão de imigrante, candidato à prefeitura de NY é solto
-
Real Madrid de Xabi Alonso estreia na Copa de Clubes contra o Al Hilal
-
River Plate vence Urawa Red Diamonds (3-1) em sua estreia na Copa de Clubes
-
Tempestade Erick se aproxima da costa do México
-
Bernard Lacombe, campeão da Euro-1984 pela França, morre aos 72 anos

'A floresta é minha casa', clama indígena contra a exploração de petroleiras no Equador
Carregando uma longa zarabatana e dardos com curare, um veneno extraído de plantas, Kominta Yate expressa sua vontade de lutar contra um gigante no coração da Amazônia equatoriana. "A selva é minha casa", alerta diante da presença de petroleiras que exploram a rica região em que vive.
"A floresta é um lar gratuito para mim, é minha casa e não quero que estranhos entrem em meu território", disse à AFP este caçador ancião waorani que mora no povoado de Bameno, na província de Pastaza (sudeste do Equador e fronteira com o Peru).
Esta pequena comunidade, às margens do rio Cononaco e na qual vivem cerca de 200 pessoas, se opõe às atividades extrativistas em Yasuní, um parque nacional que faz parte de uma das reservas de biosfera mais diversas do mundo.
"Não quero que uma petroleira chegue ao meu território. Quero viver livremente em um lugar saudável", afirma ele em sua língua (wao terere).
A decisão está nas mãos dos equatorianos no dia 20 de agosto, data marcada para as eleições gerais antecipadas e, também, para uma consulta popular que decidirá sobre uma possível suspensão da exploração de petróleo bruto no bloco estratégico ITT, localizado dentro do parque e do qual são extraídos 12% dos 466 mil barris diários produzidos no país.
O governo, que se opõe à consulta, prevê a perda de US$ 16,5 bilhões (cerca de R$ 78 bilhões, na cotação atual) em 20 anos, caso a exploração de petróleo seja interrompida.
Os Waorani, com cerca de 4.800 membros e proprietários de cerca de 800.000 hectares nas províncias amazônicas de Orellana, Pastaza e Napo, estão divididos. Alguns apoiam as petrolíferas e outros as rejeitam, como em Bameno, que por enquanto está longe da exploração de hidrocarbonetos.
A Constituição do Equador reconhece que os povos originários "têm a propriedade coletiva da terra, como uma forma ancestral de organização territorial", mas mantém a autoridade do Estado sobre o subsolo.
- Lança a postos -
A indústria petrolífera "destrói o ambiente em que vivo", denuncia o ancião através de Elisa Enqueri, uma jovem wao que trabalha como tradutora.
"Minha avó diz que lutaria com a lança. Ela tem energia e ainda se sente jovem (...) para não permitir que pessoas estranhas venham aqui", diz a ativista que defende a integridade do Yasuní.
O parque nacional tem um milhão de hectares e abriga vários povos indígenas, incluindo duas tribos relacionadas aos Wao que permanecem em isolamento voluntário.
Os Taromenane e Tagaeri, que evitam contato com estranhos, são rivais e já entraram em conflito deixando vítimas entre as duas etnias. Também já atacaram trabalhadores das petroleiras e madeireiros com lanças.
A atividade de extração do petróleo "afeta o seu modo de vida e coloca suas vidas em risco. Há um sério risco de etnocídio, de extermínio total dessas comunidades", disse Pedro Bermeo, advogado e porta-voz da Yasunidos, coalizão de organizações ambientalistas que promoveu o referendo sobre o ITT.
O Tribunal Constitucional endossou a consulta depois de a coligação ter consignado as assinaturas de apoio exigidas por lei.
De acordo com a Universidade de São Francisco de Quito, foram identificadas duas mil espécies de árvores, 610 aves, 204 mamíferos, 150 anfíbios, 121 répteis e 100 mil artrópodes no Parque Nacional de Yasuní.
Moi Guiquita, outro jovem Wao, afirma que "tem sido cada vez (...) mais abrupta" a entrada das petroleiras no local, onde existem outros campos petrolíferos que estão em operação desde antes do ITT, que começou a ser explorado em 2016.
"Há uns 60 anos eles estavam muito mais longe, mas cada vez estão mais perto" de Bameno, acrescenta o ambientalista, lembrando que para escapar das consequências da atividade petrolífera "não podemos ir mais longe porque já não há mais" áreas livres de extrativismo em sua região.
D.Kaufman--AMWN