-
Jara e Kast vão disputar 2º turno presidencial no Chile
-
Novo ataque dos EUA contra suposta lancha do tráfico no Pacífico eleva mortes para 83
-
Noruega goleia (4-1), vai à Copa do Mundo e manda Itália para repescagem
-
Atemorizados pelo crime, chilenos votam para presidente
-
Jannik Sinner vence Carlos Alcaraz e é bicampeão do ATP Finals
-
Polarizado e com medo do crime, Chile elege presidente
-
Com vários reservas, França encerra campanha nas Eliminatórias com vitória sobre Azerbaijão (3-1)
-
Oscar recebe alta após 5 dias internado por problemas cardíacos
-
Inglaterra vence Albânia (2-0) e termina Eliminatórias com 100% de aproveitamento
-
Índia afirma que prendeu cúmplice de explosão de carro em Nova Délhi
-
Irã lança operação para semear nuvens na pior seca em décadas
-
Protesto multitudinário contra governo deixa mais de cem feridos no México
-
Portugal atropela Armênia (9-1) e vai à Copa do Mundo
-
Netanyahu reitera oposição a Estado palestino antes da votação na ONU sobre Gaza
-
Diogo Moreira é campeão da Moto2 e conquista título inédito para o Brasil
-
Capacetes azuis acusam Exército israelense de disparar contra eles no sul do Líbano
-
Lucas Pinheiro vence slalom de Levi e dá ao Brasil 1ª vitória na Copa do Mundo de esqui
-
Equador vota sobre volta de bases militares estrangeiras e nova Constituição
-
Governo britânico defende sua reforma contra a imigração irregular
-
Chile elege presidente afetado pela criminalidade e com extrema direita em ascensão
-
Milhares de pessoas marcham no México contra governo de Sheinbaum e violência
-
Suíça fica perto de vaga na Copa; Kosovo se garante pelo menos na repescagem
-
Alcaraz e Sinner passam pelas semifinais e decidirão o ATP Finals
-
Papa recebe estrelas do cinema, um 'laboratório de esperança'
-
Espanha goleia Geórgia (4-0) e fica muito perto de vaga na Copa do Mundo
-
RD Congo e M23 assinam roteiro prévio a eventual acordo de paz
-
Brasil vence (2-0) e convence em amistoso preparatório para Copa contra Senegal
-
Alckmin dá boas-vindas a retirada de tarifas de Trump, mas espera mais reduções
-
Seis menores morrem em bombardeio do Exército contra guerrilha na Colômbia
-
Bélgica empata com Cazaquistão (1-1) e segue sem selar vaga na Copa do Mundo
-
Incêndio controlado após forte explosão em zona industrial de Buenos Aires
-
Sinner vence De Minaur e vai à final do ATP Finals
-
'Superman brasileiro' devolve esperança a crianças doentes em seu primeiro giro pela África
-
Papa Leão XIV devolve objetos indígenas ao Canadá
-
Milhares marcham em Belém para 'pressionar' negociadores da COP30
-
ONGs denunciam presença de lobistas de combustíveis fósseis na COP30
-
Indígenas e ativistas marcham em Belém durante a COP30
-
Trump diz que vai processar BBC por até US$ 5 bilhões por edição de documentário
-
Enciclopédia on-line de Musk se baseia em 'fontes duvidosas', aponta estudo
-
Auger-Aliassime vence Zverev e vai enfrentar Alcaraz nas semifinais do ATP Finals
-
Tráfego aéreo dos EUA está próximo à normalidade após reabertura do governo
-
Google investirá US$ 40 bi no Texas para desenvolvimento de IA
-
Bolsonaro esgota opções para evitar prisão após STF rejeitar recurso
-
EUA programa novos exercícios militares com Trinidad e Tobago em meio à crise com Venezuela
-
Países Baixos empatam na visita à Polônia (1-1) e praticamente se garantem na Copa
-
Trump reduz tarifas sobre carne bovina, tomates, bananas e café
-
Croácia vence Ilhas Faroe (3-1) e se classifica para Copa do Mundo de 2026
-
Alemanha vence Luxemburgo (2-0) e fica mais perto da Copa do Mundo de 2026
-
Caso Epstein: Trump critica democratas e pedirá investigação federal
-
Tráfego aéreo dos EUA perto da normalidade após reabertura do governo
Os limites do combate frontal a cartéis e facções na AL
Depois de El Salvador, o Equador lançou esta semana uma guerra contra cartéis e facções criminosas, uma estratégia que mostrou alguns efeitos perversos na Colômbia e no México, onde as autoridades agora estão experimentando outras abordagens.
Diante da fuga de líderes criminosos encarcerados e da tomada de agentes prisionais como reféns, o Equador, apoiado pelos Estados Unidos, respondeu com uma declaração de "conflito armado interno" contra 22 facções classificadas como "terroristas". A medida inclui um toque de recolher e o desdobramento de cerca de 22.400 militares.
"Os governos têm essa resposta porque buscam soluções imediatas", explica Mathew Charles, do Observatório Colombiano do Crime Organizado, à AFP.
Desde sua campanha, o presidente Daniel Noboa se declarou a favor da militarização após o assassinato de um candidato presidencial, destaca o "think tank" Insight Crime.
O presidente de 36 anos anunciou no início de janeiro a construção de duas prisões de segurança máxima, seguindo o modelo mexicano e especialmente o salvadorenho.
El Salvador, com apenas seis milhões de habitantes e 8.124 km2, é vítima da violência das gangues, mas agora busca se apresentar como um referencial em segurança.
O governo do presidente Nayib Bukele prendeu mais de 73.000 supostos criminosos sob um controverso estado de emergência criticado por defensores dos direitos humanos. Cerca de 7.000 pessoas inocentes foram libertadas.
- "Política antidrogas equivocada" -
A guerra no Equador contra as organizações criminosas "carece de uma estratégia de saída", acrescenta o "think tank" Insight Crime.
"Sabemos que a linha-dura (...) só funciona imediatamente", insiste Charles, destacando que são necessárias "soluções de longo prazo" com investimento social.
Os criminosos "sempre têm armas" e "vão responder com mais violência", o observa o especialista. "Prender as pessoas não é a resposta, porque o que vimos é que, nas prisões, quem manda, quem controla, são as gangues".
Na Colômbia e no México, seus dois presidentes de esquerda, Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador, buscam uma mudança de estratégia.
"Na América, a expansão de poderosas facções internacionais tem a ver com uma política antidrogas equivocada", disse o presidente colombiano na rede social X (anteriormente Twitter) esta semana, quando os Estados Unidos propuseram sua "assistência" ao Equador.
"Apesar dos enormes esforços empreendidos por mais de meio século, não foram alcançadas as metas propostas" na luta antidrogas, afirma um relatório do governo colombiano sobre plantações de folha de coca em 2022.
Apesar do apoio militar dos Estados Unidos, a Colômbia continua sendo o principal produtor mundial de cocaína, com pelo menos 1.738 toneladas em 2022, segundo a ONU.
"Os países latino-americanos devem adotar poderosas políticas de empoderamento juvenil", propõe Petro, eleito em 2022.
- "Estratégia a longo prazo" -
O México também está virando a página da "guerra contra as drogas" lançada em dezembro de 2006 pelo então presidente Felipe Calderón. Desde então, mais de 420.000 assassinatos e dezenas de milhares de desaparecimentos foram registrados.
A tentativa de deter os líderes dos cartéis fez com que fossem substituídos por outros "mais jovens, mais violentos e, às vezes, sem visão estratégica", segundo o especialista em segurança Erubiel Tirado, da Universidade Ibero-americana do México.
López Obrador classificou em julho de 2022 a guerra contra o crime iniciada por Calderón como "crime".
"Não se pode enfrentar a violência com a violência", acrescentou.
Nesse sentido, seu governo defende uma abordagem que olhe para as causas do problema, com programas sociais para jovens e agricultores, a fim de reduzir a imigração e o tráfico de drogas.
Ao mesmo tempo, criou um novo corpo de segurança armado (a Guarda Nacional, que substituiu a Polícia Federal). Vários chefões das drogas foram presos durante seu mandato, como um dos filhos do traficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, extraditado para os Estados Unidos, onde seu pai cumpre pena de prisão.
"Todos os dias prendemos criminosos. E quando não há opções, ocorrem confrontos", resumiu o presidente em julho de 2022.
A violência no México continua, no entanto, sem dar trégua: após atingir recordes com 29 assassinatos por cada 100.000 habitantes entre 2018 e 2020, em 2022 a cifra ficou em 25/100.000.
A América Latina sofre com "corrupção" e desigualdades sociais, conclui o especialista Mathew Charles, que defende "um programa abrangente de segurança, anticorrupção e investimento social" com estratégias de longo prazo.
A.Jones--AMWN