
-
Trump anuncia tarifas de 100% sobre filmes produzidos no exterior
-
Trump anuncia modernização e reabertura da prisão de Alcatraz
-
Israel ameaça Irã e huthis após ataque ao aeroporto de Tel Aviv
-
Kane, Musiala, Olise, Kompany: os destaques do título do Bayern de Munique
-
Nicarágua se retira da Unesco após prêmio a jornal de oposição
-
Sporting vence nos acréscimos e mantêm disputa acirrada com Benfica pelo título do Português
-
Treze trabalhadores sequestrados são encontrados mortos em mina no Peru
-
Juventus sofre para empatar na visita ao Bologna (1-1) e se mantém na zona da Champions
-
Oscar Piastri (McLaren) vence GP de Miami de Fórmula 1; Bortoleto abandona
-
Oscar Piastri (McLaren) vence GP de Miami de Fórmula 1
-
Wolfsburg demite técnico após maus resultados
-
Olympique de Marselha empata com Lille (1-1) mas segue em 2º; Lyon se afasta da Champions
-
Lewandowski volta aos treinos do Barcelona
-
Bolsonaro deixa o hospital três semanas após cirurgia
-
Trump diz que deseja ter 'quatro grandes anos'
-
Bayern é campeão alemão pela 34ª vez em sua história após empate do Leverkusen
-
Ruud vence Draper em Madri e conquista seu primeiro Masters 1000
-
Ultradireita lidera primeiro turno das presidenciais da Romênia, mostra pesquisas
-
Israel ameaça Irã e huthis após ataque dos rebeldes do Iêmen contra aeroporto de Tel Aviv
-
Chelsea vence o campeão Liverpool (3-1) e segue na zona da Champions
-
Carlos Aguiar, o cardeal mexicano amigo de Francisco e apoiador da abertura
-
Maior porto dos EUA sabotado pela guerra comercial de Trump
-
Bispos filipinos defendem cardeal Tagle após críticas de ONG de luta contra abusos sexuais
-
Bayern amplia sua hegemonia no Campeonato Alemão
-
Bayern de Munique é campeão alemão pela 34ª vez em sua história
-
Votação torna realidade cidade-base espacial dos sonhos de Musk
-
Polícia Civil afirma ter frustrado ataque a bomba em show de Lady Gaga no Rio
-
Real Madrid sofre mas vence Celta (3-2) com 2 de Mbappé e segue ritmo do líder Barça
-
Israel promete responder a ataque de rebeldes do Iêmen contra área do aeroporto de Tel Aviv
-
Governo espanhol diz que irá demorar 'muitos dias' para conhecer causas do apagão
-
Romênia repete eleição presidencial com extrema direita como favorita
-
Bolsonaro deixa hospital três semanas após cirurgia abdominal
-
Míssil disparado do Iêmen cai perto do aeroporto de Tel Aviv
-
Primeiro-ministro australiano promete governo 'disciplinado' após vitória eleitoral
-
Lady Gaga incendeia Rio de Janeiro em megashow gratuito
-
Imagem de Trump vestido como papa gera críticas
-
Dos rituais ao laboratório: uma planta em teste contra a depressão no Brasil
-
Nadadora Katie Ledecky bate seu próprio recorde dos 800m livre
-
Napoli vence Lecce (1-0) e mantém liderança no Italiano; Inter não desiste
-
Presidente do Senado rompe com Morales e lança candidatura na Bolívia
-
Barça vence Valladolid (2-1) de virada e se consolida na liderança do Espanhol
-
Israel ordena mobilização de milhares de reservistas (imprensa)
-
Verstappen (Red Bull) conquista pole position do GP de Miami; Bortoleto é 13º
-
Fãs se aglomeram em Copacabana para show gratuito de Lady Gaga
-
Al-Ahli vence Kawasaki Frontale e conquista Champions asiática
-
Enviado da ONU pede que Israel interrrompa ataques à Síria
-
Al Hilal demite técnico Jorge Jesus
-
Presidente da Sérvia tem alta após ser hospitalizado em retorno dos EUA
-
Ancelotti insiste que só vai falar sobre seu futuro após fim da temporada
-
Arsenal perde em casa para Bournemouth com gol de Evanilson

No Rio, seguir o GPS pode levar do paraíso à morte
Uma das vítimas voltava de uma visita ao icônico Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Outra pegou um Uber para sair à noite na capital fluminense.
Ambas acabaram mortas a tiros depois que seguiram as direções de aplicativos de navegação por GPS e foram parar dentro de áreas dominadas por organizações criminosas que travam uma intensa disputa territorial.
A maioria dos milhões de turistas que visitam o Rio de Janeiro todos os anos aproveita o famoso carnaval, as praias e a vida noturna sem tomar conhecimento da guerra de facções criminosas que afeta principalmente as comunidades da periferia urbana.
Mas tiroteios recentes perpetrados por homens com fuzis posicionados nos acessos às comunidades voltaram a colocar em discussão os desafios de segurança na cidade.
Em dezembro, um turista argentino que retornava do Cristo Redentor com a esposa e filhos seguiu o caminho marcado por seu GPS e entrou acidentalmente na comunidade Morro dos Prazeres. Foi atingido por dois tiros e morreu no hospital.
Duas semanas depois, uma turista de São Paulo morreu após receber um tiro no pescoço quando seu motorista de aplicativo fez um desvio equivocado a caminho de uma festa.
Em meados de janeiro, viralizou um vídeo de uma câmera a bordo de um carro que mostrava outro motorista de aplicativo implorando por sua vida para homens armados com fuzis, depois que seu GPS o levou por engano à comunidade da Cidade Alta, com um passageiro aterrorizado no banco traseiro.
- 'É muito rápido como o cenário muda' -
O Instituto Fogo Cruzado — organização que monitora tiroteios em centros urbanos e seus impactos — informou à AFP que 19 pessoas foram baleadas, cinco delas fatalmente, após entrarem por acidente em alguma favela em 2024, o número mais alto desde que começou a rastrear esses casos em 2016.
"Isso tem a ver, obviamente, com a geografia do Rio de Janeiro. E tem a ver com o problema do controle territorial do Rio de Janeiro, sem sombras dúvidas", disse Maria Isabel Couto, diretora de dados e transparência do instituto.
Nas comunidades do Rio de Janeiro vivem cerca de 1,5 milhão de pessoas. Elas se espalham pelos morros da cidade, espremidas entre condomínios residenciais e nas proximidades de autoestradas e vias expressas.
"É muito rápido como o cenário muda", disse o secretário de Segurança Pública do estado do Rio, Victor Santos, à AFP.
"Quando uma pessoa entra muito rápido num local desse, o criminoso que está ali atento, esperando um adversário, um concorrente, ele acaba atirando primeiro pra depois ver quem é", acrescentou.
O aplicativo de transporte Uber, um dos mais usados no país, disse à AFP que sua tecnologia de segurança "pode bloquear pedidos de viagem de áreas com desafios de segurança pública em momentos e dias específicos".
Um porta-voz do Google, proprietário de dois aplicativos populares de navegação por GPS, não quis comentar sobre o problema.
- 'Tem regras' -
Ao menos quatro facções criminosas disputam o controle territorial no Rio, segundo Maria Isabel Couto.
Um morador da Cidade Alta — onde cinco pessoas ficaram feridas após entrarem na comunidade em 2024 — explicou à AFP que existem "regras" que os locais conhecem para se deslocar pela região.
"Você tem que entrar, no mínimo, com uma velocidade de 20 km por hora. Depois tem que estar com as janelas abertas, entendeu? Com a luz de salão acesa e uma luz de pisca alerta piscando", contou o morador, que não quis ser identificado por questões de segurança.
Maria Isabel Couto discorda quando afirmam que existem "áreas de exclusão" ou "segmentação" no Rio de Janeiro, em alusão às comunidades da cidade, onde vivem tanto pessoas de poucos recursos como de classe média.
Organizações de direitos humanos denunciam que os moradores das comunidades também sofrem o impacto desproporcional de operações policiais frequentes e letais, que paralisam escolas e comércios sem conseguir reduzir o poder das organizações criminosas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa atualmente se vai manter uma série de restrições impostas há cinco anos às ações policiais em favelas para reduzir a alta taxa de mortalidade.
- 'Resort para delinquentes' -
Mas o maior rigor sobre essas operações tem sido criticado pelas autoridades.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, declarou que as restrições judiciais às ações policiais "cria uma sensação" de que a cidade se tornou "um resort para delinquentes", com os grupos criminosos restringindo cada vez mais a circulação de pessoas.
O secretário de Segurança Victor Santos afirmou que o aumento de pessoas baleadas após ingressarem por error nas comunidades se deve ao fato de o conflito entre os grupos armados ter ficado "muito acirrado".
"Hoje, território é sinônimo de receita", disse o secretário.
As autoridades avaliam a instalação de instrumentos de sinalização mais claros para indicar a localização das favelas.
G.Stevens--AMWN