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Sinaloa: um ano de guerra entre traficantes em meio à uma ameaça de escalada dos EUA
Após um ano de guerra entre narcotraficantes, em Sinaloa os mortos e desaparecidos se contam aos milhares. A economia está em colapso e um novo temor paira sobre este estado mexicano: a ameaça militar dos Estados Unidos contra os cartéis.
O conflito, que opõe duas facções do Cartel de Sinaloa, explodiu após a captura de seu líder histórico, Ismael "El Mayo" Zambada, de 75 anos. Ele foi sequestrado em julho de 2024 por um filho de seu antigo sócio, Joaquín "Chapo" Guzmán, e levado em um avião para os Estados Unidos.
Tiros diários, bloqueios de vias, restaurantes e comércios fechados. A violência obrigou a suspender temporariamente as aulas, e a vida noturna despareceu: assim transcorrem os dias em Culiacán, considerada a cidade mais perigosa do México.
Nem o envio de milhares de soldados, nem as crescentes apreensões de armas e drogas conseguiram frear a violência. O governo da presidente Claudia Sheinbaum reconhece, de fato, que o cartel não está desmantelado e não se sabe se alguma facção saiu vencedora.
"Antes podíamos comemorar o aniversário do nosso filho, convidar seus primos, brincar em uma piscina ou colocar uma 'piñata' e um bolo. Agora tivemos que fazer algo muito privado em casa porque não sabemos o que pode acontecer", contou Karely Contreras, de 35 anos, em Culiacán.
As tropas de Zambada levaram três meses para se armar e se aliarem a outros grupos antes de iniciar a guerra, explicou um assessor de segurança do governo local à AFP.
Desde então, este estado agrícola e pesqueiro com costas sobre o Pacífico acumula cerca de 1.700 assassinatos (57 de menores) e quase 2 mil desaparecidos.
Rafael Sánchez, de 44 anos, perdeu seu irmão Juan Carlos, empresário de restaurantes que foi pego em um confronto entre pistoleiros e militares em um setor rico de Culiacán, a capital do estado.
"Gostaria de dizer que ele foi vítima de fogo cruzado, mas (...) o governo o assassinou", disse Sánchez à AFP.
A trama de vingança após a captura de Zambada remete a um de seus filhos, Vicente, que incriminou "Chapo" no julgamento que o condenou à prisão perpétua nos Estados Unidos em 2019.
Com essas delações, os chefes do tráfico costumam negociar sua liberdade. Dois filhos de Guzmán, conhecidos como os "Chapitos", estão sendo processados pela justiça americana, enquanto Zambada, ao se declarar culpado em agosto, reconheceu ter subornado policiais, militares e políticos.
- Ameaças de Trump -
Vestidos de branco, com palavras de ordem como "basta, exigimos paz!" e retratos de desaparecidos, milhares de pessoas marcharam no domingo em Culiacán.
O medo cresce após as imagens do ataque de míssil americano contra uma lancha que supostamente transportava drogas em 2 de setembro, em águas internacionais do Caribe, com saldo de 11 mortos, segundo o presidente Donald Trump.
Em Sinaloa, após uma troca de tiros contra uma casa próxima à sua residência na quinta-feira passada, Mariana Urías, de 34 anos, diz temer que os ataques de Trump se repliquem no México.
"Vontade não lhes falta e razões têm de sobra", disse essa funcionária de loja, assustada com a possibilidade de seus filhos serem "testemunhas de uma verdadeira guerra com bombas e mísseis".
Trump redobrou sua aposta contra o tráfico de fentanil, associado a milhares de mortes nos Estados Unidos.
Para isso, designou vários cartéis como terroristas, incluindo o de Sinaloa, e ofereceu sem sucesso à presidente Sheinbaum o envio de tropas.
A ofensiva inclui o envio de navios de guerra próximos ao Caribe venezuelano, onde ocorreu o ataque contra a lancha, assim como no Golfo do México e na costa oeste mexicana.
- Cooperação vs incursão -
Mas Trump faz distinções entre os dois países.
Ele oferece 50 milhões de dólares, cerca de 273 milhões de reais, pela captura do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a quem acusa de narcotráfico. Por outro lado, mantém uma relação fluida com Sheinbaum, com cujo governo acabou de assinar um protocolo de segurança onde se compromete a respeitar a soberania do México.
Trump antecipou mais ataques como o que afirma ter executado contra o Tren de Aragua, gangue venezuelana que, segundo o Insight Crime, "não trafica drogas em nível internacional".
A tensão por um maior envolvimento de Washington também é sentida em Badiraguato, terra natal de "Chapo".
"Já estão operando agentes americanos em Sinaloa (...), observando como os narcotraficantes se movem", comentou à AFP um funcionário municipal.
Segundo analistas, a guerra desencadeada pela captura de Zambada mostra as consequências de uma ação unilateral e o que poderia desencadear um ataque americano.
"É um bom exemplo de por que a cooperação é necessária", apontou Cecilia Farfán, pesquisadora da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional.
Uma análise desse organismo na fronteira Tijuana-San Diego sugere que, apesar de maiores apreensões, os preços do fentanil permanecem estáveis.
E a violência em Sinaloa continua. Ela destruiu mais de 20 mil empregos e silenciou até os populares músicos de banda que animavam as festas.
P.Silva--AMWN