-
Uma defesa sólida ajuda a 'fazer a diferença', diz Ancelotti
-
Protesto indígena bloqueia entrada da COP30 em Belém
-
Ascendência alemã, música de IA e um trap inesperado: as curiosidades da eleição chilena
-
Hiperinflação na Venezuela... outra vez?
-
Chile passa da revolta social ao clamor por mais segurança
-
Suécia aposta no silêncio de suas florestas como antídoto para o ruído do mundo
-
A luta contra os robôs de IA que sugam conteúdo da Internet
-
Justiça britânica declara BHP responsável por tragédia da barragem em Mariana
-
Robôs humanoides estão longe de transformar a indústria, diz Amazon Robotics
-
Ataques russos deixam seis mortos e dezenas de feridos na Ucrania
-
Bad Bunny vence o prêmio de álbum do ano no Grammy Latino
-
Ataque russo contra Kiev deixa quatro mortos e mais de 20 feridos
-
EUA anuncia nova fase na luta antidrogas após chegada de porta-aviões ao Caribe
-
MLS vai mudar seu calendário em 2027 para adaptá-lo ao europeu
-
Itália não poderá contar com Lorenzo Musetti na Copa Davis
-
STJD revoga suspensão de 12 jogos de Bruno Henrique por caso de apostas
-
A Cosmoprof North America Miami retorna para sua terceira edição de 27 a 29 de janeiro de 2026: na vanguarda da beleza, da inovação e do conhecimento do setor
-
EUA anuncia acordos comerciais com Argentina, Equador, El Salvador e Guatemala
-
Esquerdista favorita em eleição chilena promete 'pragmatismo' com Trump
-
Brasil reforça segurança da COP30 após críticas da ONU
-
Scaloni garante que Messi jogará contra Angola
-
Pfizer conclui compra da especialista em obesidade Metsera após disputa com Novo Nordisk
-
Alemanha só depende de si para garantir vaga na Copa do Mundo de 2026
-
Já garantida na Copa de 2026, Inglaterra vence Sérvia (2-0) e mantém campanha 100%
-
Itália vence na visita à Moldávia (2-0) e adia festa da Noruega
-
Presidente da BBC enviou carta de desculpas a Trump por edição enganosa de discurso
-
França goleia Ucrânia (4-0) e se classifica para Copa do Mundo de 2026
-
Portugal perde para Irlanda e vai lutar por vaga na Copa de 2026 na última rodada
-
Alcaraz garante terminar ano como número 1 do mundo
-
BBC analisa outra suposta montagem enganosa de um discurso de Trump
-
Nigéria vence Gabão na prorrogação (4-1) e vai à final da repescagem africana para Copa de 2026
-
Gruyère suíço vence campeonato mundial do queijo
-
Colômbia garante que manterá cooperação em inteligência com EUA
-
França-Ucrânia tem homenagem a vítimas dos atentados de 13 de novembro de 2015
-
Israel recebe corpo de um dos últimos quatro reféns do Hamas
-
Homem joga ovos em Luis Rubiales durante apresentação de livro
-
EUA considerará obesidade e pessoas com necessidades especiais ao rejeitar vistos
-
Israel recebe corpo de um dos quatro últimos reféns do Hamas
-
Alcaraz avança às semifinais do ATP Finals após vitória de De Minaur sobre Fritz
-
França homenageia vítimas de atentados jihadistas de Paris 10 anos depois
-
Youtuber MrBeast abre parque de diversões temporário na Arábia Saudita
-
Mulino nega que manobras militares dos EUA no Panamá sejam contra Venezuela
-
Presidente ucraniano sanciona ex-sócio por escândalo de corrupção
-
Palestinos aproveitam trégua em Gaza para restaurar monumento histórico
-
Austrália e Turquia em queda de braço para sediar próxima COP
-
Eurodeputadas grávidas e mães recentes poderão votar por procuração
-
Equipe de pesquisadores 'derruba mito' de que avô de Hitler era judeu
-
O que se sabe sobre o escândalo de corrupção que abala a Ucrânia
-
Protesto pró-palestino em Berlim no emblemático Portão de Brandemburgo
-
TEDH decide que Polônia deve indenizar mulher que abortou no exterior
Milei enfrenta segunda greve geral contra 'ajuste brutal' na Argentina
O governo de Javier Milei enfrentou, nesta quinta-feira (9), a segunda greve geral contra suas políticas de ajuste, o que se refletiu em ruas semidesertas com o comércio funcionando, mas sem clientes, transporte público escasso e escolas fechadas na capital argentina.
Os principais terminais ferroviários ficaram vazios, centenas de voos foram cancelados e apenas poucas linhas de ônibus circulavam.
Héctor Daer, líder da associação sindical Confederação Geral do Trabalho (CGT), que convocou a paralisação de 24 horas, enalteceu sua "contundência" e disse que a adesão maciça "mostra que o governo tem que tomar nota".
Não aconteceram mobilizações em Buenos Aires, mas em províncias como Córdoba, Río Negro e Chubut, grupos de grevistas marcharam com palavras de ordem contra a lei de reformas econômicas que está sendo discutida no Senado.
A Argentina vive uma forte recessão econômica, com uma inflação próxima dos 290% na comparação anual e um ajuste fiscal que permitiu, no primeiro trimestre do ano, o primeiro superávit fiscal desde 2008, mas com milhares de demissões, deterioração de salários e aposentadorias.
A atividade industrial acentuou o seu colapso em março com uma queda de 21,2% em relação a 2023 e a construção se contraiu 42,2% no mesmo período, informou o instituto estatístico Indec.
A contração industrial é a maior desde abril de 2020, quando a atividade esteve semiparalisada devido à pandemia de covid-19.
Segundo estimou o Instituto de Economia da Universidade Argentina da Empresa (UADE), a greve teve um custo de 544 milhões de dólares (R$ 2,8 bilhões) devido ao impacto que teria sido gerado pela paralisação das atividades.
"Não concordo com a greve, não favorece o empregado; é contraproducente, de fato", disse à AFP o empresário Facundo Mendíaz, 37, que tem um pequeno supermercado em Buenos Aires.
Por sua vez, o ministro da Economia, Luis Caputo, repudiou a greve e acusou o movimento sindical de estar "cada vez mais distante da realidade", em uma mensagem escrita em seu perfil na rede social X.
- 'Não tem ninguém' -
Alejandro Felippe, de 59 anos, é dono de uma popular cafeteria em frente ao Parque Chacabuco, em um bairro de classe média da capital argentina.
"Quem quis abriu as portas, mas não há clientes, nem sequer se parece com um domingo, não justifica o que gasto com luz", disse ele à AFP, apoiado sobre uma mesa.
"As coisas estão muito ruins, o protesto é compreensível, as pessoas só compram o imprescindível", acrescentou.
A maioria dos comércios abertos era do ramo alimentício, enquanto os poucos ônibus que circulavam estavam quase vazios.
Esta é a segunda greve contra o ajuste de Milei, depois da realizada em 24 de janeiro.
"A opinião pública estava disposta a se mobilizar em certas questões que considera bens coletivos e que estão acima da polarização política", explicou à AFP o cientista político Gabriel Vommaro.
- Sem exportações -
Nos portos de Rosário (Santa Fé, centro-norte), por onde o país exporta 80% da sua produção agroindustrial, não houve atividade.
A greve ocorreu em plena "colheita espessa", período de maior produção deste importante exportador global de alimentos.
"A adesão é total, estamos pacificamente nos portões de cada fábrica e todos os portos estão parados", contou à AFP Martín Morales, dirigente sindical de San Lorenzo, ao norte de Rosário.
Em Buenos Aires, bancos, escolas públicas e a maioria dos postos de combustíveis ficaram fechados. Também não houve coleta de lixo nas ruas.
A ministra de Segurança, Patrícia Bullrich, pediu à população que fosse trabalhar, durante uma entrevista coletiva no terminal rodoviário de Constitución, um dos principais da capital argentina.
"Quem ainda não foi trabalhar deve sair, existem meios de transporte para quem quer", declarou Bullrich. O secretário dos Transportes, Franco Mogetta, estimou que o serviço estava funcionando em "40%".
A ministra afirmou ainda que, durante a manhã, foram relatados ataques a ônibus nos quais "quebraram janelas e colocaram pregos para furar" os pneus.
Diversas pesquisas recentes colocam a imagem positiva de Milei entre 45% e 50%, apesar de que, em apenas cinco meses, ter implementado o que ele mesmo descreve como "o maior ajuste na história da humanidade".
D.Kaufman--AMWN