-
Protesto pró-palestino em Berlim no emblemático Portão de Brandemburgo
-
TEDH decide que Polônia deve indenizar mulher que abortou no exterior
-
José Jerí, o presidente 'millennial' do Peru e sua guerra midiática contra o crime
-
Colômbia recua e manterá cooperação em inteligência com EUA
-
Dua Lipa, Coldplay e outros artistas exigem limite de preço para revenda de ingressos
-
Equador celebra referendo sobre bases militares estrangeiras e nova Constituição
-
Nova edição de 'Call of Duty' aposta no futuro em sua batalha com 'Battlefield'
-
A 'dor permanece', diz Macron 10 anos após os atentados de Paris
-
Ações da Disney despencam após queda nos lucros
-
África do Sul quer sediar Jogos Olímpicos em 2036 ou 2040
-
Países da UE autorizam taxar pequenas encomendas para reduzir envios da China
-
'Fiz minha vida aqui': medo cresce entre migrantes em situação irregular no Chile
-
Primeira-ministra japonesa afirma que dorme apenas de duas a quatro horas por noite
-
Corrida se acelera para desenvolver estações espaciais privadas
-
UE investiga Google por penalizar alguns veículos de comunicação em resultados de busca
-
França recorda 10 anos dos atentados de Paris
-
Polícia japonesa recebe autorização para usar rifles contra ursos
-
Coreia do Sul suspende voos para não prejudicar provas de admissão nas universidades
-
EUA encerram 'shutdown' mais longo da história
-
'Eles se negam a nos ouvir', indígenas protestam na COP da Amazônia
-
Congresso encerra 'shutdown' mais longo da história dos EUA
-
Emissões de CO2 geradas por combustíveis fósseis vão bater recorde em 2025, diz estudo
-
Juiz dos EUA ordena libertar sob fiança centenas de imigrantes irregulares em Chicago
-
Lima vai receber final histórica da Libertadores, garante presidente da Conmebol
-
G7 pede cessar-fogo urgente na Ucrânia e desescalada no Sudão
-
Broche de Napoleão é arrematado por mais de 3 milhões de euros na Suíça
-
Cristiano Ronaldo espera ser vaiado pelos torcedores da Irlanda
-
Cacique Raoni: 'Vou puxar a orelha' de Lula por exploração de petróleo
-
Starmer promete 'defender uma BBC forte e independente' ante possível processo de Trump
-
EUA cunha última moeda de um centavo, após 232 anos
-
Ao menos 37 mortos em acidente de ônibus no Peru
-
Trump 'sabia sobre as garotas', segundo e-mail de Jeffrey Epstein
-
Final da Euro 2028 será em Wembley e jogo de abertura em Cardiff
-
Sinner vence Zverev e se garante na semifinal do ATP Finals
-
Premiê em fim de mandato do Iraque reivindica vitória de sua coalizão nas eleições parlamentares
-
Técnico da Costa Rica alerta que sua equipe 'não pode piscar' se quiser ir à Copa de 2026
-
O bolso fará os americanos se interessarem pelo clima, diz governador da Califórnia
-
Itália tenta evitar repescagem e novo trauma nas Eliminatórias para Copa de 2026
-
Câmara dos EUA vota por fim do 'shutdown' mais longo da história
-
James Rodríguez não renovará com León e busca clube para 2026
-
Câmara de Representantes vota por fim do 'shutdown' mais longo da história dos EUA
-
Leonardo DiCaprio e ativistas prestam homenagem a Jane Goodall nos EUA
-
Trump diz que democratas tentam 'desviar' atenção com e-mails de Epstein
-
Macron anuncia pacote adicional de US$ 4,9 bilhões para reforçar setor espacial
-
Inflação na Argentina teve leve alta em outubro
-
Chanceleres do G7 buscam fortalecer esforços da Ucrânia contra Rússia
-
Pedro retoma treinos no Flamengo visando disputar final da Libertadores
-
Petro acusa inteligência dos EUA de atacá-lo
-
Lanterna do Inglês, Wolverhampton anuncia retorno do técnico Rob Edwards
-
Suécia convoca reunião com Amazon e outras plataformas por venda de bonecas sexuais
Jovens chineses procuram empregos alternativos em uma economia em mudança
Apesar da solidão, e de um clima muito mais quente e úmido do que o normal, Guo Ting deixou seu emprego estável para realizar seu sonho: tornar-se atriz na “Hollywood chinesa”.
A mulher de 27 anos faz parte de um novo fenômeno entre os jovens chineses que, em muitos casos, preferem abandonar empregos seguros e até bem-remunerados e embarcar numa carreira alternativa que é mais arriscada financeiramente, porém mais gratificante em outros aspectos.
Anteriormente radicada em Pequim, no norte do país, Guo iniciou sua nova vida este ano na região subtropical de Hengdian, no leste, sede dos principais estúdios de cinema e agências de elenco.
Desde criança sonhava em ser atriz, mas deixou essa ambição de lado devido à pressão dos adultos ao seu redor.
No entanto, depois de vários anos trabalhando em um escritório, Guo acredita que “a felicidade é a coisa mais importante”.
A mídia chinesa e as publicações online notaram que muitos jovens estão deixando de lado suas carreiras profissionais para seguir caminhos menos convencionais, como uma “vida nômade” em uma van ou se tornarem “influenciadores” ou artistas.
Embora sejam uma pequena minoria, a crescente discussão em torno destes perfis reflete mudanças mais amplas na segunda maior economia do mundo, após décadas de crescimento vertiginoso.
Algumas pessoas, especialmente de origens abastadas, “tentam redefinir o que é sucesso”, explica Miao Jia, especialista em sociologia da Universidade de Nova York em Xangai.
“Depois de receberem uma educação melhor e de desfrutarem dos benefícios trazidos pelo rápido crescimento econômico, eles começam a pensar nas coisas que os fazem felizes”, disse à AFP.
- Geração "mais diversa" -
Estes são tempos de mudança para os jovens chineses e para a sua percepção do trabalho.
Nos últimos anos, conceitos negativos como “ficar quieto” ou “deixar apodrecer” ganharam popularidade entre aqueles que enfrentam intensa competição profissional.
Ao mesmo tempo, outros candidatos a emprego, preocupados com o abrandamento econômico e a volatilidade do setor privado, optaram pela segurança dos empregos na administração pública ou em empresas estatais.
E muitos outros não conseguem sequer encontrar trabalho, como demonstra a elevada taxa de desemprego juvenil de 14,2% em maio.
“A geração mais jovem na China se mostra mais diversa do que a geração anterior”, explica a socióloga Miao.
Se antes o normal para os jovens urbanos de classe média era ir para um escritório, este tipo de trabalho administrativo é uma oportunidade rara em muitas partes do país.
- Problemas econômicos -
Esta nova vida não é um mar de rosas. Em Hengdian, Guo divide um apartamento com outros candidatos à carreira cinematográfica, onde está se preparando para um casting.
Em seu armário, ela procura roupas semelhantes às que usava quando era funcionária de escritório para desempenhar o papel de funcionária de uma grande corporação que almeja obter.
A agência de elenco fica ao lado de um espaço comunitário administrado por um sindicato de atores, onde dezenas de pessoas aguardam por seus testes ou entrevistas de emprego.
“Sinto alguma pressão porque quando você começa você não decide quando atuar em um filme. A decisão está nas mãos de outros”, disse Guo à AFP.
Por enquanto, ela ganha apenas cerca de 2.000 ienes (valor em 1.500 reais na cotação atual) por mês com os bicos que consegue.
“Antes, eu tinha um salário mensal estável e nunca precisava me preocupar se não teria o suficiente”, explica.
Ela também teve dificuldade em se adaptar à mudança em seu local de trabalho, de um escritório onde poderia socializar para a vida solitária de freelancer.
Mas Guo diz que o dinheiro não é a sua única motivação ou a de outros colegas.
Segundo ela, as outras pessoas em situação semelhante que conheceu em Hengdian acreditavam que “seguir uma rotina pré-estabelecida não fazia sentido”.
Ch.Kahalev--AMWN