
-
Leão XIV explica que escolheu seu nome por seu compromisso com as causas sociais
-
Ucrânia e aliados europeus propõem trégua de 30 dias com a Rússia a partir de segunda-feira
-
Leão XIV explica a escolha do seu nome pelo seu compromisso com a questão social
-
EUA e Irã realizam nova rodada de negociações em Omã sobre questão nuclear
-
Paquistão e Índia intensificam confrontos; EUA pede para 'evitar erros de cálculo'
-
Timberwolves investigam torcedor por comentários racistas contra Draymond Green
-
Paquistão acusa Índia de atacar bases aéreas com mísseis
-
Governo Trump ameaça suspender habeas corpus
-
Chanceler da Colômbia é investigada por suposta lavagem de dinheiro
-
Na antiga universidade de Leão XIV, o novo papa é 'Bob'
-
Milan vence Bologna (3-1), que fica mais distante da Liga dos Campeões
-
Prefeito é preso ao protestar contra centro de detenção de imigrantes perto de NY
-
Irmão de Leão XIV: 'Costumávamos brincar que ele seria papa'
-
Leão XIV, o papa que viveu na pele dos peruanos
-
Zverev vence Carabelli em sua estreia no Masters 1000 de Roma
-
Sinner volta às quadras após 104 dias contra argentino Navone em Roma
-
Novo corte de comunicações aéreas afeta aeroporto de Newark, nos EUA
-
Trens de San Francisco sofrem interrupção no serviço
-
Morre aos 103 anos a sobrevivente do Holocausto Margot Friedländer
-
Fila de navios antes da saída das multinacionais petrolíferas na Venezuela
-
Salah e Alessia Russo são eleitos jogador e jogadora da temporada no futebol inglês
-
Sabalenka vence em sua estreia no WTA 1000 de Roma
-
Música na floresta: batuque dos chimpanzés revela origens do ritmo humano
-
Surto de sarampo nos EUA supera 1.000 casos confirmados (contagem da AFP)
-
Neuer volta ao gol do Bayern após dois meses afastado por lesão
-
Copa do Mundo Feminina passará de 32 para 48 seleções a partir de 2031
-
Xabi Alonso confirma que vai deixar o Bayer Leverkusen ao fim da temporada
-
PSG dá folga a vários jogadores até quarta-feira
-
Alcaraz vence Lajovic em sua estreia no Masters 1000 de Roma
-
Nazista teve papel-chave no tráfico de cocaína na América do Sul, revela reportagem
-
Argentinos não precisam mais escalar o Obelisco: agora eles têm elevador
-
Tema dos abusos sexuais na Igreja já paira sobre papa Leão XIV
-
Guatemala extradita um dos 100 foragidos mais procurados pelos EUA
-
Surto de sarampo supera os mil casos confirmados nos EUA (balanço da AFP)
-
Em visita a Moscou, Lula defende fortalecer 'parceria estratégica' Brasil-Rússia
-
Leão XIV, com 69 anos, é um papa jovem?
-
Inflação se mantém em alta no Brasil e atinge 5,53% em abril
-
Trump demite a bibliotecária do Congresso americano
-
Putin homenageia soldados russos na Ucrânia em desfile pelo Dia da Vitória
-
Chiclayo, no Peru, festeja seu papa em meio a fervor popular
-
Como funcionaria o tribunal especial para julgar a Rússia pela invasão da Ucrânia?
-
Trump sugere reduzir tarifas sobre produtos chineses para 80%
-
Paquistão acusa Índia de aproximar os países de um 'grande conflito'
-
Merz garante que Alemanha está de volta ao primeiro plano da UE
-
Ferramenta de IA usa selfies para prever idade biológica e sobrevivência ao câncer
-
Representante dos EUA em Cuba multiplica visitas a dissidentes e irrita o governo
-
'Gosto de elogios', diz chefe da UE após mensagem de Trump
-
Os primeiros passos de Leão XIV: missa, oração pública, audiência
-
Exportadores têxteis da China aguardam a reconciliação comercial com os EUA
-
Panasonic cortará 10.000 postos de trabalho no mundo

Pais em tempo integral desafiam a tradição patriarcal na China
A mulher trabalha. Ele, desempregado por opção, brinca com os filhos, cozinha e cuida da casa: Chen Hualiang, 40 anos, é pai em tempo integral, um cenário antes impensável na sociedade chinesa.
Chen decidiu deixar o emprego como gerente de projetos industriais e ficar em casa, na região de Xangai, onde mora com a esposa, escritora, a filha de 4 anos e o filho de 11 anos.
"Estou mais feliz, mais relaxado. O ambiente em casa é claramente melhor", explica à AFP.
"Quando você trabalha, sonha com uma grande carreira e que o dinheiro vai ajudar a família. Mas nada é seguro e um salário nem sempre é o que sua família mais precisa", afirma.
Segundo uma pesquisa de 2019 divulgada pela imprensa estatal, 52% dos homens chineses aceitariam permanecer em casa para cuidar da família, um fenômeno mais presente na Europa, mas ainda pequeno na Ásia.
Em 2007, apenas 17% estavam dispostos a aceitar a situação, o que mostra um declínio das tradições patriarcais.
"Meu pai era apenas um pai. Nunca tive a sensação de que ele poderia me ajudar, exceto financeiramente", declara Chen. "Eu quero ser como um amigo para meus filhos, para que eles possam compartilhar coisas comigo".
A escolha de Chen deu mais tempo para sua esposa, Mao Li, autora de um ensaio de sucesso sobre os pais que ficam em casa.
"No início do nosso casamento, eu me perguntava sobre a utilidade dele como cônjuge (...) Ele trabalhava muito, então não me ajudava muito com as crianças, nem me dava muita atenção", explica.
"Mas agora que cuida das crianças e está em caso, eu o considero muito útil. Dou nota 9,5 de 10", brinca.
- "Tem que trabalhar" -
A maior aceitação da figura do pai em tempo integral pela sociedade e pelo poder público ficou evidente com a exibição no canal estatal CCTV de uma série de 36 episódios sobre o tema, uma adaptação do livro de Mao Li.
A produção também motivou um novo debate, às vezes inflamando, sobre os "pais em tempo integral".
"Meus pais estão um pouco preocupados porque sou um pai que fica em casa", disse Chen. "E, às vezes, algumas pessoas, principalmente nas redes sociais, dizem que vivo às custas da minha esposa".
Na China, como em várias regiões do mundo, a tradição afirma que os homens devem ser responsáveis pelo sustento econômico da família e que as mulheres devem cuidar do trabalho doméstico e dos filhos.
Os pais que tomaram uma decisão diferente se consideram incompreendidos.
"No início, meus pais e avós afirmavam com frequência: 'Você tem que trabalhar'", conta à AFP Xu Xiaolin, um homem de 34 anos que mora na cidade de Xiamen, leste do país, e decidiu dedicar-se em tempo integral ao filho de dois anos, após a falência da empresa em que trabalhava.
"Os vizinhos mais velhos também fazem comentários às vezes. Isso os incomoda e por isso me pressionam", explica Xu, que também é alvo de comentários das pessoas que o veem passeando sozinho com o filho.
"Mas as pessoas com menos de 35 anos não têm mais essa mentalidade", disse.
- Mudança levará tempo -
No Xiaohongshu, uma rede social chinesa similar ao Instagram, muitos jovens pais exibem com orgulho o seu modo de vida.
"O aumento do número de pais em casa se deve ao fato de que as mulheres têm atualmente um status mais elevado", embora ainda sejam pouco visíveis na cúpula do poder, explica Pan Xingzhi, fundadora de uma plataforma online de aconselhamento psicológico.
Também existe o fator "qualidade-preço", disse. Para um casal, renunciar a um salário e que um deles cuide dos filhos com frequência é mais barato que contratar uma babá, um serviço quase inevitável, mas caro na China.
A diferença é que antes era sempre a mulher que abria mão do emprego.
Criador de conteúdo e empresário no setor de educação, Chang Wenhao, 37 anos, reorganizou seu trabalho para ficar "80% disponível" para a filha de sete anos e o filho de cinco.
Atualmente, o homem de Zhuhai, sul do país, pode fazer muitas atividades ao ar livre com as crianças, como acampar, equitação, andar de bicicleta ou jogar tênis, atividades que sua esposa gosta menos.
"Aumentar a confiança, modelar suas capacidades e independência... dou coisas que não aprendem na escola ou com outros adultos", afirma.
"Muitos pais começaram a valorizar a companhia e a educação dos filhos", considera. "Isto continuará evoluindo, mas para que aconteça uma mudança profunda, levará tempo".
Y.Aukaiv--AMWN