-
Humanos não conseguem mais distinguir música gerada por IA de música real, diz pesquisa
-
Produção mundial de vinho terá leve recuperação em 2025, mas continuará baixa
-
Trump diz que tem 'obrigação' de processar BBC por edição enganosa
-
Rei da Espanha e presidente da China defendem 'desenvolvimento global aberto'
-
Rússia perde disputa legal para construir embaixada perto do Parlamento australiano
-
Ex-diretor de inteligência da Coreia do Sul detido por negligência durante lei marcial
-
Manifestantes indígenas enfrentam seguranças na COP30
-
França alerta sobre 'instabilidade' no Caribe no início do G7
-
Maior bombardeio do governo Petro mata 19 guerrilheiros na Colômbia
-
Porta-aviões se junta à operação dos EUA contra narcotráfico na América Latina
-
Etiópia é eleita sede da COP32 do clima em 2027
-
Dallas Mavericks demite gerente geral Harrison, que negociou Doncic com Lakers
-
Musetti vence De Minaur e adia classificação de Alcaraz para semis do ATP Finals
-
Panamá apreende no Pacífico 13,5 toneladas de cocaína destinadas aos EUA
-
"Trump é temporário", diz governador da Califórnia na COP30
-
Vítimas da 'guerra' às gangues pedem fim do regime de exceção em El Salvador
-
Iraque elege novo Parlamento em momento-chave para o Oriente Médio
-
Família Bukele estende seu poder também ao futebol salvadorenho
-
Dirigente do Santos dá voto de confiança a Neymar: 'Gênio incompreendido'
-
Assistentes de IA abrem a porta para novas ameaças hackers
-
Damien Comolli é o novo diretor-executivo da Juventus
-
Trump reivindica 'grande vitória' por acordo para encerrar fechamento do governo
-
BBC deve 'lutar' por seu jornalismo, diz diretor demissionário ante ameaça de Trump
-
Projetos israelenses de anexação da Cisjordânia seriam 'linha vermelha', diz Macron a Abbas
-
Obra monumental de Michelangelo Pistoletto é exibida aos pés das pirâmides do Egito
-
Governador da Califórnia pró-clima ataca Trump na COP30
-
Diamante azul vivo é vendido por mais de US$ 25 milhões em Genebra
-
Uma comunista e um ultradireitista: as faces opostas da eleição presidencial no Chile
-
Porta-aviões se junta à operação dos EUA contra o narcotráfico na América Latina
-
Cobre, Pinochet, imigração: cinco coisas para saber sobre o Chile antes das eleições
-
Porta-aviões se junta à operação dos EUA contra o tráfico de drogas na América Latina
-
Um presidente democrata dos EUA retornaria ao Acordo de Paris 'sem hesitar', diz Newsom na COP30
-
Crime e imigração irregular pautam eleições presidenciais no Chile
-
Chinesa é condenada a quase 12 anos de prisão no Reino Unido por fraude com bitcoins
-
Alcaraz vence Fritz de virada e fica perto da semifinal do ATP Finals
-
Indústria musical alemã tem primeira vitória judicial contra a OpenAI
-
Atalanta anuncia Raffaele Palladino como novo técnico
-
'O sangue escorria': os relatos de sobreviventes do massacre de El Fasher, no Sudão
-
Lamine Yamal é desconvocado para jogos da Espanha contra Geórgia e Turquia
-
Brasil esboça os primeiros compromissos de sua COP amazônica
-
'Queremos demonstrar o que é o Brasil', diz Matheus Cunha antes de amistosos da Seleção
-
Atentado suicida deixa pelo menos 12 mortos na capital do Paquistão
-
Entenda a crise eleitoral em Honduras
-
À margem da COP30, comunidade em Belém luta contra esquecimento da Amazônia urbana
-
Guarda Costeira de Taiwan enfrenta poderio chinês perto das suas ilhas
-
Ladrões roubam ouro antigo do Museu Nacional da Síria, segundo diversas fontes
-
Cristiano Ronaldo diz que Copa do Mundo de 2026 será a última de sua carreira
-
Atentado suicida em Islamabad deixa 12 mortos
-
'Demon Slayer' ajuda Sony a melhorar previsões de lucro
-
Autor de ataques de Paris em 2015 busca processo de justiça restaurativa
Principais capítulos da saga do X no Brasil
Durante mais de dois anos, a Justiça brasileira e a rede social X travaram uma batalha que simboliza o debate mundial sobre a liberdade de expressão e a regulação das plataformas e que esteve salpicada de insultos e ameaças.
Estes são os principais momentos desta saga, na qual o mais recente capítulo foi escrito nesta terça-feira (8), com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de voltar a permitir o funcionamento da rede social do bilionário Elon Musk no Brasil.
- O início -
A Justiça brasileira começou a tomar medidas em relação às redes sociais nos meses anteriores às eleições presidenciais de outubro de 2022, entre o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou sendo eleito.
Em particular, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou a desativação de contas do antigo Twitter, acusando os usuários bolsonaristas de desacreditarem o sistema eleitoral do país.
Os bloqueios de perfis de figuras influentes dos movimentos ultraconservadores brasileiros acusados de praticar desinformação se multiplicaram após a invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, em repúdio à posse de Lula, uma semana antes.
Entre eles, foi suspensa a conta do blogueiro de extrema direita Allan dos Santos, assim como outros empresários, jornalistas e ex-deputados.
- A escalada -
Em reação às novas ordens judiciais sobre os bloqueios, em 7 de abril de 2024, Musk, o dono do X, acusou Moraes de praticar "censura".
"Ele deveria renunciar ou ser destituído", escreveu em sua rede social, e ameaçou desobedecer os pedidos.
O ministro ordenou, então, a abertura de uma investigação contra o bilionário por possível "obstrução à Justiça".
Além disso, fixou multa diária de US$ 20 mil (cerca de R$ 103 mil, em cotação da época) para cada conta bloqueada que o X reativasse.
As redes sociais não são "terras sem lei", enfatizou Moraes em sua sentença.
Musk respondeu chamando o magistrado de "ditador".
- Suposta "falha operacional" -
Dez dias após o desafio de Musk, a representação do X no Brasil declarou que todas as ordens do STF seriam "integralmente cumpridas".
Moraes, contudo, logo denunciou um novo descumprimento, depois que diversas contas banidas fizeram transmissões ao vivo no X.
A plataforma atribuiu o ocorrido a uma "falha operacional" e disse que os usuários dessas contas exploraram "vulnerabilidades" no sistema para usar o X.
- X encerra operações no Brasil -
Em 17 de agosto, Musk anunciou o encerramento imediato das operações do X no Brasil, embora o acesso à rede tenha permanecido disponível aos usuários.
Onze dias depois, veio o ultimato: uma nova decisão deu à rede social prazo de 24 horas para nomear um representante legal no país ou a plataforma seria suspensa.
Mas Musk manteve sua posição: "A liberdade de expressão é a base da democracia e um pseudo-juiz não eleito no Brasil a está destruindo para fins políticos", escreveu.
- Brasil acorda sem o X -
Passado o prazo determinado, sem resposta da plataforma, Moraes ordenou a suspensão da rede social.
Em 31 de agosto, o Brasil acordou sem acesso ao X.
O bloqueio afetou os 22 milhões de usuários da plataforma, que começaram a migrar para redes menores, como Bluesky e Threads.
Moraes alertou que quem tentasse entrar no X por meio de redes privadas virtuais (VPN) estava sujeito a multas diárias equivalentes então a R$ 50 mil.
- Suposta manobra e desfecho -
Após 20 dias sem o X, no dia 18 de setembro os usuários relataram surpresa ao conseguirem acessar a plataforma.
A rede social afirmou que a brecha no bloqueio foi a consequência "involuntária" de uma mudança de servidor e que foi "temporária".
Mas Moraes encontrou indícios de intencionalidade, após constatar que o X usou um serviço para trocar de endereço IP, o que impedia seu bloqueio, e estabeleceu multa diária de R$ 5 milhões até que que o X fosse suspenso novamente.
No dia seguinte, o X ficou novamente inacessível 24 horas depois e desde então, Musk cumpriu todas as exigências das autoridades brasileiras. Como consequência, o ministro Alexandre de Moraes autorizou, nesta terça-feira (8), a volta do X no Brasil.
D.Cunningha--AMWN