
-
Fãs se aglomeram em Copacabana para show gratuito de Lady Gaga
-
Al-Ahli vence Kawasaki Frontale e conquista Champions asiática
-
Enviado da ONU pede que Israel interrrompa ataques à Síria
-
Al Hilal demite técnico Jorge Jesus
-
Presidente da Sérvia tem alta após ser hospitalizado em retorno dos EUA
-
Ancelotti insiste que só vai falar sobre seu futuro após fim da temporada
-
Arsenal perde em casa para Bournemouth com gol de Evanilson
-
A quatro dias do conclave, cardeais continuam com reuniões preparatórias
-
Partido no poder tem vitória ampla em Singapura
-
Sheinbaum diz que rejeitou oferta de Trump de enviar militares dos EUA ao México
-
Fernández Artime, uma opção de continuidade do papa Francisco
-
Presidente da Sérvia está estável em hospital após retornar dos EUA
-
Sabalenka vence Gauff e conquista WTA 1000 de Madri pela 3ª vez
-
Vaticano acelera os trabalhos para preparar Capela Sistina para o conclave
-
Napoli vence Lecce (1-0) e se consolida na liderança do Italiano
-
Hamas publica vídeo de refém israelense que aparentemente foi ferido em Gaza
-
Norris (McLaren) vence corrida sprint do GP de Miami de F1; Bortoleto é 15º
-
Já campeão, PSG perde para Strasbourg antes do jogo de volta contra Arsenal na Champions
-
Mario Grech, o cardeal maltês defensor do empoderamento dos católicos comuns
-
Trabalhistas vencem eleições gerais na Austrália
-
Lando Norris (McLaren) vence corrida sprint do GP de Miami de F1
-
Cardeal guineense Robert Sarah, líder dos conservadores críticos a Francisco
-
Atlético de Madrid empata na visita ao Alavés (0-0) e segue em 3º no Espanhol
-
Bombardeio israelense em Gaza deixa 11 mortos, entre eles três bebês, segundo Defesa Civil
-
Bayern cede empate nos acréscimos contra Leipzig (3-3) e título da Bundesliga é adiado
-
Cardeal sueco Arborelius, um católico convertido em um mar de ateus
-
Zelensky critica tréguas de curta duração propostas por Putin
-
Presidente da Sérvia é internado em hospital militar após retornar dos Estados Unidos
-
China nega que exige acesso a dados de usuários depois de UE impor multa ao TikTok
-
Trabalhistas vencem legislativas na Austrália
-
Promotoria francesa indicia 21 pessoas em onda de ataques a prisões
-
Cardeais realizam 9ª reunião de preparação para conclave
-
Justiça da Bolívia restitui mandado de prisão contra Evo Morales
-
Australianos votam em eleição marcada por inflação e tarifas de Trump
-
Líderes de gangue afirmam que ajudaram Bukele a chegar ao poder em El Salvador
-
Heidenheim empata com lanterna Bochum na abertura da 32ª rodada da Bundesliga
-
Ministro Carlos Lupi pede demissão após escândalo de suposta corrupção
-
Síria condena bombardeio israelense perto do palácio presidencial
-
City vence Wolves com gol de De Bruyne e fica mais perto da Champions
-
Apple abre iPhone para pagamentos sem taxas fora da sua plataforma
-
Antonelli (Mercedes), de 18 anos, conquista pole da corrida sprint do GP de Miami
-
Serviços de inteligência da Alemanha qualificam AfD como partido 'extremista de direita'
-
Piastri lidera primeiro treino livre em Miami
-
EUA realizará desfile militar em 14 de junho, dia do aniversário de Trump
-
Draper elimina Musetti e vai enfrentar Ruud na final do Masters 1000 de Madri
-
Popovich se aposenta do cargo de técnico do San Antonio Spurs após 29 temporadas
-
Príncipe Harry perde recurso judicial e diz que 'adoraria' se reconciliar com a família
-
Defesa Civil relata 42 mortos por bombardeios israelenses em Gaza
-
Com lesão na coxa, Lautaro é dúvida para jogo de volta contra Barça na Champions
-
Venezuela rejeita ordem da CIJ de suspender eleições em área disputada com Guiana

Danças ancestrais e política no primeiro torneio de futebol indígena do Brasil
Jogadores com cocares, colares e rostos pintados dobram os joelhos em uma coreografia em um estádio em Brasília. Minutos depois, eles entram em campo no primeiro campeonato nacional indígena de futebol.
Os povos originários não são imunes à paixão futebolística no país pentacampeão mundial.
Especialmente vulneráveis à mudança climática, os indígenas se mobilizaram nos últimos anos no Brasil para que suas causas fossem ouvidas. E o futebol também apareceu como uma plataforma de visibilidade.
Para o primeiro torneio indígena nacional, os organizadores buscaram talento entre as mais de 300 etnias do Brasil.
Um total de 92 equipes foram formadas e 2.700 jogadores participaram do campeonato, que começou em 2023 em nível regional, antes que as melhores equipes se encontrassem neste fim de semana para a final em Brasília.
A organização não foi fácil, admite um de seus responsáveis, Burain Kariri Sapuyá, da Conafer, um agrupamento de agricultores familiares que inclui indígenas.
Lidaram com "diversos povos, diversos lugares, acesso muito complicado", resume à AFP.
- "A força dos ancestrais" -
Os cinco finalistas se enfrentam neste de semana no estádio do Bezerrão.
Antes de ir a campo, os jogadores realizam uma cerimônia ancestral, cantando e dançando ao ritmo de tambores e maracás.
"Fazemos a nossa dança para buscar a força dos nossos ancestrais", disse Nicinho da Cruz Nascimento, atacante do Pataxó Imbiruçu, de Minas Gerais (sudeste).
Mas as flexões corporais também são um excelente aquecimento, admite sorrindo à AFP.
Já na casa dos trinta, poucos sonham a essa altura com um salto para o estrelato, mas as partidas são disputadas com paixão e transmitidas ao vivo na Internet.
Valdemiro Lucas está há uma década treinando jovens na Terra Indígena Ivaí, uma aldeia remota lar da etnia kaigang, a mais de 1.500 km da capital nacional.
Disse se inspirar nos grandes times brasileiros como Palmeiras e Flamengo, e querer mostrar que os "índios sabem jogar bola".
- "Abrir espaços" -
"Temos a capacidade de fazer um futebol bonito", defende Amauri Carvalho, capitão do Clube Esportivo Aldeia Brejão.
Mas o torneio também é importante para as lutas indígenas "porque abre espaços", diz Amauri, da etnia terena, do Mato Grosso do Sul.
O torneio coincidiu esta semana com o Acampamento Terra Livre, um evento anual que reúne milhares de indígenas em Brasília.
Este ano, o Acampamento reuniu povos de outros países da América do Sul e da Oceania para pedir que suas reivindicações climáticas sejam levadas em conta durante a COP30 da ONU, que será realizada em Belém.
Também exigiram que o Estado brasileiro continue com a demarcação de suas terras originárias, consideradas aliadas contra a destruição da floresta e para a proteção dos povos.
"Demarcação já", dizia um cartaz exibido durante o torneio em Brasília.
- "Emoção grande" -
O troféu que o campeão nacional levantará neste domingo está carregado de simbolismo. Leva o nome de Galdino Jesus dos Santos, do povo kariri-sapuyá, assassinado em Brasília em 1997 por cinco jovens que atearam fogo em seu corpo.
Apesar da travessia cansativa de ônibus para chegar de Pataxó a Brasília, Lucidalva Alves Ferreira afirma não quis perder o torneio.
"A gente tem que vir para torcer, para cantar e é uma emoção tão grande que a gente não pode deixar eles virem só", diz essa professora de educação infantil, de 52 anos.
S.F.Warren--AMWN