
-
Presidente peruana convida papa Leão XIV a visitar seu país
-
EUA pede que OEA dê 'um passo à frente' no Haiti
-
Zelensky acusa Rússia de 'tentar ganhar tempo' para 'prosseguir' com invasão
-
'Ganhar um título não resolve todos os problemas do United', diz Amorim
-
Elon Musk planeja gastar 'muito menos' dinheiro para financiar campanhas políticas
-
Ministro Mauro Vieira pede ação da comunidade internacional diante da 'carnificina' em Gaza
-
Google lançará nova ferramenta de busca com IA aprimorada
-
Com mais que título em jogo, United e Tottenham fazem final da Liga Europa
-
Julgamento da morte de Maradona é suspenso após questionamentos a juíza
-
Em Cannes, diretor Spike Lee diz sentir saudades dos cantores engajados
-
'Estou vivo porque faço filmes', diz cineasta iraniano Jafar Panahi
-
Google lançará novo modo de buscas com IA aprimorada
-
Manchester City homenageia De Bruyne com mosaico e nome de rua no CT
-
Argentina encerra comissão investigadora de suposta fraude envolvendo Milei
-
Procuradora-geral do Equador, famosa por investigar o tráfico, deixa o cargo
-
Senadores dos EUA alertam Paramount sobre possível corrupção em acordo com Trump
-
Ucranianos estão céticos após conversa entre Trump e Putin
-
EUA limitará as condições de acesso às vacinas contra a covid-19
-
Melhor enxadrista do mundo empata partida online contra 143 mil jogadores
-
Dias antes de Roland Garros, Djokovic diz que não tem pressa para encontrar novo treinador
-
'Há muito tempo não levantamos um troféu', diz técnico do Tottenham
-
Cadete morta em colisão de navio contra ponte do Brooklyn é velada no México
-
Secretária e assessor de prefeita da Cidade do México são mortos a tiros
-
O renascer de Casemiro no United com a chegada de Rúben Amorim
-
Polícia portuguesa recupera troféu da Champions feminina, roubado em Lisboa
-
Defesa Civil de Gaza reporta 44 mortos em novos bombardeios israelenses
-
Iñárritu celebra em Cannes os 25 anos de 'Amores Brutos'
-
Reino Unido suspende negociações comerciais com Israel e convoca sua embaixadora por conflito em Gaza
-
Marcha do Silêncio completa 30 anos no Uruguai marcada pela morte de Mujica
-
Yu Zidi, 'sensação' chinesa de 12 anos, pode disputar o Mundial de natação
-
Jack Doohan pede 'fim do assédio' à sua família após polêmica nas redes
-
Museu holandês se desfaz de bronzes do Benin para devolvê-los à Nigéria
-
Zelensky acusa Rússia de 'tentar ganhar tempo' para prosseguir com a invasão
-
Agentes do governo Trump buscam por migrantes em restaurantes de Washington
-
'Vila Sésamo' passa da HBO para a Netflix
-
Iñárritu prepara instalação sobre 'Amores Brutos' com material não utilizado
-
UE propõe flexibilizar regras para enviar solicitantes de asilo a terceiros países
-
Cannes recebe o diretor iraniano Jafar Panahi após uma espera de 15 anos
-
Cuidar da aparência traz 'normalidade' para ucranianas em meio à guerra
-
Denzel Washington discute com fotógrafo no tapete vermelho de Cannes
-
OMS aprova acordo internacional para prevenir pandemias
-
Grupo chinês de baterias CATL estreia na Bolsa de Hong Kong com alta de 16%
-
OMS aprova acordo internacional para prevenir pandemias e melhorar a cooperação
-
Defesa Civil de Gaza anuncia 44 mortos em novos ataques israelenses
-
Evo Morales está fora das próximas eleições na Bolívia
-
Senador democrata quer impedir Trump de usar avião oferecido pelo Catar
-
Advogada que auxiliava imigrantes deportados é presa em El Salvador
-
Trump promulga lei que proíbe 'pornografia de vingança' e 'nudes' criados por IA
-
EUA realiza primeiro voo de 'autodeportação' de imigrantes
-
Primeiras testemunhas depõem em julgamento de Bolsonaro por tenatativa de golpe

Cuidar da aparência traz 'normalidade' para ucranianas em meio à guerra
Mesmo que bombas russas caiam sobre sua cidade no leste da Ucrânia, nada impedirá Olena Sologub de cuidar de sua aparência.
As tropas russas estão a menos de 20 quilômetros de sua cidade natal, Kramatorsk, alvo frequente de drones e mísseis que destruíram edifícios e deixaram muitos mortos e feridos.
Mas para Olena e outras ucranianas perto da linhas de frente, a beleza representa uma válvula de escape que impede que a guerra destrua suas vidas.
"Chegamos a um ponto em que o amanhã pode nunca chegar. Deixem-me ser bonita, mesmo que me encontrem sob os escombros", disse à AFP a operadora de guindaste de 50 anos.
Quando a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, foi como um "soco no estômago" para Olena. Mas isso não a impediu de fazer injeções de botox nas rugas e micropigmentação para realçar permanente seus olhos.
Sua esteticista, Ganna Zemliak, de 47 anos, disse que tem tantos clientes agora quanto antes do conflito. Alguns sentem que a guerra acelerou o envelhecimento.
No início da invasão, "todos estavam estressados, é claro", e ninguém tinha tempo para se mimar, explicou.
"Aos poucos, as pessoas perceberam que a vida continua e que ficar sentado esperando tudo acabar não faz sentido", disse a esteticista. "Tem que continuar vivendo de alguma forma."
- "Meu corpo, minha escolha" -
Salões de beleza são comuns na Ucrânia, mesmo perto das linhas de frente, assim como clínicas de cirurgia estética.
Katerina Seledtsova, empresária de 33 anos, é uma cliente habitual. Vai ao cabeleireiro uma vez por mês, faz manicure e pedicure e consulta uma esteticista a cada três semanas.
"Resumindo, muito caro. Tudo é muito caro", brincou. "Eu tenho o direito de fazer isso. É meu corpo, minha escolha", declarou.
Em algumas clínicas, as injeções de toxina botulínica custam cerca de US$ 50 (R$282), um preço considerável em uma região cuja economia foi devastada pela guerra.
Katerina observou que gosta de ir a locais com "energia feminina". Isso foi especialmente importante no início da invasão, quando muitas mulheres fugiram de Kramatorsk e os soldados invadiram a área para defendê-la.
"Talvez seja apenas uma coincidência, mas desde que a guerra começou, comecei a prestar mais atenção e a dedicar mais tempo a mim", disse à AFP.
Katerina administra uma cafeteria, uma hamburgueria e um estúdio fotográfico, onde as mulheres geralmente vão apenas para se sentirem bonitas. Ela garante que se produzir e tirar fotos é uma "psicoterapia".
- Esquecer "de tudo" -
No Bigudi, um pequeno salão de beleza na cidade de Druzhkivka, perto de Kramatorsk, Yevgenia Gotavtsova concorda.
Oficialmente, seu trabalho é cortar e pintar o cabelo de suas clientes, mas ela está lá, na verdade, para ajudá-las a relaxar, disse entre risos, porque algumas só aparam alguns centímetros.
"Vêm aqui e esquecem de tudo", explicou a cabeleireira, orgulhosa de ter "o mês inteiro reservado".
A região está no centro dos conflitos desde 2014, quando separatistas apoiados por Moscou lançaram uma ofensiva contra as forças do governo ucraniano.
Apesar de ter apenas metade de sua equipe habitual, o salão vai de vento em popa, disse Yevgenia.
No entanto, a guerra complicou a logística porque alguns fornecedores antigos deixaram a região ou até mesmo o país, enquanto outros aumentaram seus preços, obrigando o salão a fazer o mesmo.
No entanto, Yevgenia afirmou que não tem motivos para se envergonhar de seus preços e fica ofendida ao ver que seus concorrentes cobram mais de US$ 6 (R$33)por um simples corte de franja, quando o preço justo, segundo ela, é de US$ 1,50 (R$8,48).
Quanto às últimas tendências em Druzhkivka, o loiro "nunca sai de moda", observou a cabeleireira.
L.Mason--AMWN