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Marcha do Silêncio completa 30 anos no Uruguai marcada pela morte de Mujica
Quatro décadas após o retorno à democracia, o Uruguai ainda se pergunta onde estão os quase 200 detidos desaparecidos durante a última ditadura militar.
Nesta terça-feira, como há 30 anos, uma multidão marchou em silêncio novamente para exigir progresso em suas buscas.
Sob o lema "30 veces Nunca Más: sepan cumplir. ¿Dónde están?", a marcha avançará pela mesma avenida de Montevidéu que, na semana passada, reuniu milhares de pessoas para o cortejo fúnebre do ex-presidente José "Pepe" Mujica.
O popular líder de esquerda, que completaria 90 anos nesta terça-feira, compareceu à marcha de 2024, já sofrendo de câncer de esôfago.
"Lembro-me de dizer: 'Isso vai acabar no dia em que todos nós desaparecermos'". "Eu estava errado", disse Mujica, um ex-guerrilheiro que suportou 13 anos de prisão em condições desumanas durante a ditadura.
"Depois viajei pela Espanha e encontrei pessoas de uma geração mais jovem revirando ossos", acrescentou, referindo-se às vítimas da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e da ditadura de Francisco Franco, que durou até 1975.
"Há coisas que os seres humanos não esquecem mais", afirmou.
- Proibido esquecer -
O Uruguai também não esquece.
"Não sabemos se o silêncio será rompido, mas seguimos comprometidas com a denúncia, com o que construímos como sociedade, com a consciência de que o terrorismo de Estado ocorrido no passado está determinando nosso presente", disse à AFP Elena Zaffaroni, integrante do coletivo Madres y Familiares de Uruguayos Detenidos Desaparecidos.
Na mesma linha, María Bellizzi afirma que é preciso "saber a verdade, tudo o que fizeram, onde estão (os desaparecidos), quem são os genocidas".
Bellizzi, de 100 anos, e outras mães receberam o reconhecimento do governo uruguaio na segunda-feira por sua busca incansável, que ela acredita ter começado em 1977. O desaparecimento de seu filho, Andrés Humberto Bellizzi, naquele ano na Argentina, permanece sem resposta.
"O que queremos não são ossos, queremos saber o que fizeram com nossos filhos", disse Bellizzi a jornalistas.
O coletivo Imágenes del Silencio, que ajuda a organizar a marcha há dez anos, instalou recentemente cartazes gigantes com imagens de ossos encontrados no Uruguai.
As imagens "mostram que eles estavam lá, que estavam nos batalhões, e isso demonstra a mentira sistemática" sobre o paradeiro dos desaparecidos, disse à AFP Soledad Acuña, integrante do grupo.
- Contas pendentes-
Bellizzi, que dedicou metade de sua vida à busca por seu filho e outras pessoas desaparecidas, tem esperança de que haverá progresso sob o novo governo de esquerda do presidente Yamandú Orsi, herdeiro político de Mujica. Mas criticou o fato de que os governos democráticos recentes tenham avançado "muito pouco". "Encontrar corpos não é grande proeza", disse.
Desde o fim da ditadura (1973-1985), período que incluiu três mandatos presidenciais da coalizão de esquerda Frente Ampla, os restos mortais de oito pessoas desaparecidas foram identificados.
Registros oficiais somam 197 pessoas desaparecidas, a maioria foi detida na Argentina no marco do Plano Condor, uma colaboração entre regimes vizinhos.
Cerca de trinta militares, a maioria reformados, foram processados por crimes cometidos durante a ditadura.
Wilder Tayler, um dos diretores do Instituto Nacional de Direitos Humanos, disse à AFP que a lentidão das buscas se deve a um "pacto de silêncio" entre os envolvidos nos desaparecimentos.
A essa barreira quase intransponível se soma "a ausência de políticas públicas sistemáticas que transcendam os governos", acrescenta.
A ministra da Defesa, Sandra Lazo, afirma que está trabalhando em busca de progressos.
"O Ministério hoje deve ser um facilitador, uma ferramenta para essa busca pela verdade", disse Lazo à AFP após participar da homenagem às mães dos desaparecidos. "Tenho esperanças de progresso e trabalho para isso", afirmou.
Bellizzi também está otimista. "Com este governo, estamos mais esperançosas (...) Esperamos conseguir algo mais. Há 197 pessoas desaparecidas. Os arquivos têm que estar em algum lugar, e muitos sabem, mas se calam", concluiu.
L.Mason--AMWN