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'A mudança climática é uma guerra', diz diretora da COP30
A diretora-geral da próxima conferência climática da ONU na cidade de Belém do Pará, Ana Toni, afirmou que a mudança climática "é uma guerra" na qual pessoas morrem todos os dias.
Antes da COP30 em novembro, os países latino-americanos participam da Semana do Clima na capital panamenha, onde a autoridade brasileira conversou com a AFP.
P: O que você espera da reunião antes da conferência de Belém?
R: Esta reunião fala muito sobre implementação, sobre como podemos colocar em prática o que dissemos e o que queremos fazer. A COP30 representa o início da implementação [das medidas contra a mudança climática], discutimos muito, prometemos muitas coisas.
P: A América Latina chega com uma visão unitária?
R: Há alguns tópicos nos quais estamos trabalhando em conjunto, um deles é a adaptação. Sabemos que a América Latina é uma região muito frágil e sofrerá as consequências da mudança climática.
O segundo tópico importante no qual todos os países estão interessados é a gestão de resíduos e a economia circular. E eu diria que o terceiro é a migração urbana.
Mas, acima de tudo, há uma coisa que unifica a América Latina: o fortalecimento do multilateralismo.
- "Somos parte da solução" -
P: Como a região pode se adaptar melhor à mudança climática?
R: A América Latina já lidera em muitas áreas. Por exemplo, no Brasil estamos combatendo o desmatamento junto com outros países.
Mas é verdade que precisamos de apoio, especialmente financeiro, para ver se conseguimos avançar mais rápido em termos de transição energética. O financiamento será uma questão muito importante para nós na COP30.
P: Os países latino-americanos estão cientes da mudança climática ou há contradições em suas políticas?
R: Não tenho dúvidas de que todos os líderes latino-americanos estão cientes dos efeitos da mudança climática, (mas) sim, há muitas contradições, e eu diria que não apenas na América Latina, mas em todo o mundo, na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia, na China.
Infelizmente, a mudança climática veio para ficar.
É nesta região que temos abundância de recursos naturais, florestas, energias renováveis, então somos parte da solução, mas precisamos construir uma nova economia para beneficiar as pessoas e o planeta.
P: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não acredita na mudança climática e planeja se retirar do Acordo de Paris em 2026.
R: O povo americano não está mais seguro porque seu presidente decidiu se retirar do Acordo de Paris. Vimos o que aconteceu em Los Angeles, aquele incêndio destruiu muitas casas.
Lamento profundamente que o governo americano tenha decidido deixar o Acordo de Paris pela segunda vez. Acho que eles vão se arrepender, mas vamos trabalhar com as instituições americanas e com as pessoas que querem continuar tomando medidas contra a mudança climática — há muitas.
A mudança climática é uma guerra na qual pessoas morrem todos os dias devido ao calor, à seca, às enchentes. Não podemos permitir que isso aconteça, temos que ser otimistas e trabalhar duro para acelerar as ações.
- Guerras comerciais, "antiecológicas" -
P: A guerra comercial prejudica a luta contra a mudança climática?
Guerras, sejam militares ou comerciais, não são apenas imorais, mas também antiecológicas.
O comércio é um instrumento econômico muito importante e precisamos usá-lo para ajudar os países a mitigar ou se adaptar o mais rápido possível. Muitos dos nossos ônibus elétricos vêm da China ou de outros continentes.
Esse é o comércio bom, de baixo carbono, que precisamos construir e apoiar [...], então essas guerras comerciais não nos ajudam.
P: A mudança climática condiciona a disputa geopolítica entre as grandes potências?
R: A mudança climática mudará tudo, e acho que alguns desses debates geopolíticos, [como] a guerra comercial entre China e Estados Unidos, têm a mudança climática como tema central.
O carbono não tem passaporte e não entende as nossas diferenças geopolíticas [...]. Se alguém polui em Uganda, China ou Brasil, isso afetará um americano, um panamenho ou um britânico. É por isso que precisamos nos unir.
P: Qual é o principal objetivo da COP30?
R: Primeiro, fortalecer o multilateralismo na luta contra a mudança climática. Um país saiu do Acordo de Paris, 197 permanecem.
O segundo é encontrar soluções e acelerar a implementação. E o terceiro, precisamos estabelecer um vínculo entre a mudança climática e a vida cotidiana das pessoas.
Quando falamos sobre mudança climática, parece que é um problema do futuro, mas é algo que fazemos todos os dias e [...] se você não faz parte da solução, você faz parte do problema.
P: Qual é o principal objetivo da COP30 para a América Latina?
R: Acredito que a América Latina pode fazer parte dessa solução para mostrar ao mundo que, se nos unirmos, podemos alcançar muito mais na COP30.
A.Rodriguezv--AMWN