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Pagar para arrancar plantas de coca: a aposta da Colômbia contra o narcotráfico
Com a produção de cocaína e os cultivos de coca atingindo máximos históricos, o governo da Colômbia faz uma aposta alta: pagar os camponeses para arrancarem pela raiz as plantas da principal matéria-prima desta droga e, desta forma, impactar o narcotráfico.
Em Argélia, município da região de Cañón del Micay, no sudoeste do país, a família de Alirio Caicedo e seu filho, Nicolás, é uma das mais de 3.900 que o presidente de esquerda Gustavo Petro convenceu a aderirem voluntariamente a um programa anunciado em março.
Diferentemente das iniciativas anteriores do tipo, esta contempla um primeiro subsídio antecipado de pouco mais de US$ 300 dólares (aproximadamente R$ 1.700) para que os camponeses arranquem as plantas com as mãos.
Animados com o primeiro pagamento, Nicolás, de 44 anos, e seu pai, de 77, usam pás para arrancar quase dois hectares de plantas de coca de sua propriedade. "É árduo", admitem à AFP.
"Quando a gente está semeando uma planta (de coca), tem a esperança" de que "vai ter uma colheita e uma renda", explica Nicolás. Agora, "arrancá-la significa (...) que no futuro não vai haver colheita, ou seja, não vai haver grana" fixa, diz.
O plano é implantado enquanto a Colômbia aguarda com apreensão que os Estados Unidos, sob a administração do republicano Donald Trump, decidam em setembro se renovará a certificação do país como seu aliado na luta contra o narcotráfico.
Petro chegou ao poder em 2022 com a ideia de mudar a abordagem punitiva desta guerra e acordar a paz com todos os grupos armados. Mas, recentemente intensificou a ofensiva contra os grupos ilegais. E voltará a usar glifosato para fumigar os cultivos de coca.
As famílias receberão 12 pagamentos, o primeiro para arrancar as plantas e os demais para comprar insumos necessários para fazer a transição para cultivos lícitos, como café e cacau.
- Virada -
A chefe da Direção de Substituição de Cultivos de Uso Ilícito, Gloria Miranda, assegurou à AFP que o programa tem como meta acabar com pelo menos 45.000 hectares de plantações de coca em três das áreas mais conflituosas do país e, assim, "reduzir a oferta" para os narcotraficantes.
Em 2023, a Colômbia tinha 253.000 hectares de narcocultivos, segundo o último balanço da ONU.
O governo vai desembolsar cerca de US$ 14,4 milhões (aproximadamente R$ 82 milhões, na cotação atual) para esta iniciativa, anunciada em março, embora este montante possa variar se o número de famílias vinculadas aumentar.
O que Petro chama de "pagamentos por erradicação voluntária" gera dúvidas entre os especialistas.
O presidente fez uma "virada muito clara" desde janeiro, quando Trump chegou ao poder, avalia Estefanía Ciro, ex-coordenadora de investigações sobre o narcotráfico da Comissão da Verdade, surgida do acordo de paz de 2016 com a guerrilha das Farc.
Ciro considera que este programa "mantém exatamente as mesmas condições" de tentativas anteriores que não tiveram sucesso, pois tem como "primeiro princípio" que "a coca tem que desaparecer", sem considerar outros fatores, como o fim do conflito armado nas regiões.
O pacto histórico que desarmou as poderosas Farc contemplava um programa similar de substituição de cultivos que não levou ao fim do narcotráfico.
Para Ciro, é um erro aplicar a nova estratégia de Petro sem antes acordar o desarmamento dos grupos ilegais.
- Verificação -
Na propriedade dos Caicedo agora cresce café, que vive um boom graças aos altos preços internacionais.
Eles apostam na tranquilidade já que, ao contrário dos narcotraficantes, a coca não os faz milionários. Com a folha, podiam garantir uma renda de até US$ 2.500 (cerca de R$ 14.200) a cada três meses.
"Nós já estamos neste passeio (projeto) e agora temos que continuar e ver até onde chegamos", afirma Alirio.
Outro camponês que preferiu não ser identificado por razões de segurança também deu sua palavra ao governo de acabar com a coca, com receio, pois "nenhum grupo armado que viva" do narcotráfico "vai querer que um agricultor pare de semear".
O projeto avança nas montanhas, sem que as autoridades recebam as folhas em suas mãos.
Miranda assegura que haverá um monitoramento por satélite "criterioso", pois é "difícil" verificar o destino de cada planta. Quem descumprir, será expulso do programa.
O secretário de governo de Argélia, Pablo Daza, admite que há um risco de que pessoas "tentem enganar" o governo.
Se não se "faz a verificação, as possibilidades de estarmos jogando a grana fora são bem altas", considera Emilio Archila, comissário de paz e encarregado destes temas no governo anterior de Iván Duque (direita), também criticado por sua luta contra as drogas.
P.Santos--AMWN