-
UE debate uso de ativos russos para ajudar a Ucrânia
-
Justiça francesa condena à prisão perpétua anestesista que envenenou 30 pacientes
-
Premiê australiano promete erradicar ódio; país lamenta morte da vítima mais jovem do atentado de Sydney
-
Governo da Bolívia anuncia o fim de duas décadas de subsídios aos combustívei
-
Camboja acusa Tailândia de bombardear área de fronteira; China tenta mediar conflito
-
Trump promete 'boom econômico' em 2026 para aplacar impaciência dos americanos
-
Governo dos EUA admite responsabilidade em colisão aérea que deixou 67 mortos
-
Jogador do Barcelona de Guayaquil é assassinado no Equador
-
Maiores destaques do esporte feminino em 2025
-
Diogo Jota, Geirge Foreman... as lendas que deixaram o esporte de luto em 2025
-
Luis Enrique elogia Filipe Luís: 'Tem nível para treinar na Europa'
-
Congresso do EUA põe fim às sanções contra a Síria
-
Real Madrid sobrevive contra time da 3ª divisão e vai às oitavas da Copa do Rei
-
Trump acompanha retorno de corpos de soldados mortos na Síria
-
Cresce o número de vítimas de minas terrestres na Colômbia
-
Amazon lança trailer de seu documentário sobre Melania Trump
-
Golaço de Cherki coloca City na semifinal da Copa da Liga Inglesa
-
Polícia procura segunda pessoa após ataque em universidade dos EUA
-
Como o bloqueio dos EUA impacta o petróleo da Venezuela?
-
PSG vence Flamengo nos pênaltis e é campeão da Copa Intercontinental
-
Plano de gastos de Trump receberá novas doações milionárias
-
Oscar será transmitido exclusivamente pelo YouTube a partir de 2029, diz Academia
-
Filho do cineasta Rob Reiner se apresenta à justiça pelo homicídio dos pais
-
Congresso do EUA aprova lei de defesa que desafia retórica de Trump sobre Europa
-
Copa abre nova rota para cidade venezuelana de Maracaibo
-
Congresso do Peru cede a protestos e amplia prazo para formalizar mineração artesanal
-
Zelensky diz que Rússia faz preparativos para novo 'ano de guerra'
-
Lula: se acordo UE-Mercosul não for aprovado 'agora', não será 'enquanto eu for presidente'
-
EUA envia militares ao Equador para combater o narcotráfico
-
Itália e França esfriam expectativa de assinatura do acordo UE-Mercosul no Brasil
-
Trump faz discurso televisionado para convencer os EUA de que 'o melhor ainda está por vir'
-
Seleção campeã da Copa de 2026 receberá prêmio de US$ 50 milhões
-
Venezuela afirma que exportações de petróleo continuam 'normalmente' após bloqueio de Trump
-
Luis Suárez renova com o Inter Miami por mais uma temporada
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e favorece proposta da Netflix
-
Starmer pressiona Abramovich a transferir dinheiro da venda do Chelsea para Ucrânia
-
María Corina Machado já saiu de Oslo, anuncia fonte próxima
-
Warner Bros Discovery rejeita oferta da Paramount e dá preferência à proposta da Netflix
-
Foguete Ariane 6 completa com sucesso lançamento de dois satélites Galileo
-
Putin diz que Rússia alcançará seus objetivos na Ucrânia 'sem nenhuma dúvida'
-
Geração perdida da Ucrânia vive aprisionada em um 'eterno lockdown'
-
Museu do Louvre reabre parcialmente, apesar da greve
-
AIE: consumo mundial de carvão vai bater novo recorde em 2025
-
Ex-chefe de polícia neozelandês condenado à prisão domiciliar por pedofilia
-
Atentado em Sydney: atirador é acusado de 'terrorismo'
-
New York Knicks derrota San Antonio Spurs e conquista a Copa da NBA
-
Filho de Rob Reiner recebe duas acusações de homicídio pela morte dos pais
-
CCJ do Senado analisa PL da Dosimetria
-
Trump anuncia bloqueio de 'petroleiros sancionados' que entrem ou saiam da Venezuela
-
EUA renova alerta sobre tráfego aéreo na Venezuela
Ex-presidente francês Sarkozy é preso mas insiste em sua inocência
Nicolas Sarkozy se tornou nesta terça-feira (21) o primeiro ex-chefe de Estado francês a ser preso desde o fim da Segunda Guerra Mundial por acusações relacionadas ao financiamento ilegal, com dinheiro líbio, de sua campanha eleitoral de 2007.
O ex-presidente conservador, que teve mandato entre 2007 e 2012, se apresentou pouco antes das 10h00 (5h00 de Brasília) à prisão parisiense de La Santé para cumprir uma pena de cinco anos de prisão por associação ilícita, imposta por um tribunal em setembro.
"Esta manhã, estão prendendo um inocente", escreveu minutos antes na rede social X. Sarkozy denunciou um "escândalo judicial" e um "calvário". "A verdade triunfará, mas o preço a pagar será esmagador", acrescentou.
Sua condenação foi acompanhada de polêmica porque o marido da cantora Carla Bruni questionou o fato de o tribunal ordenar sua prisão sem aguardar o resultado de seu recurso. O julgamento da apelação deve acontecer nos próximos meses.
Aos gritos de "Nicolas! Nicolas!", dezenas de pessoas expressaram apoio ao ex-presidente quando ele deixou sua residência em um bairro exclusivo da zona oeste de Paris para seguir até a única prisão da capital francesa, seguido por diversos cinegrafistas e fotógrafos.
Com lágrimas nos olhos, François, um manifestante de 66 anos, denunciou um "julgamento político". "Estamos na União Soviética!", gritou outra pessoa.
O ícone da direita francesa afirmou no domingo ao jornal Le Figaro que entraria "com a cabeça erguida" na prisão, com uma biografia de Jesus e com o livro "O Conde de Monte Cristo", o inocente injustamente condenado mais famoso da literatura francesa.
Para evitar o contato com outros detentos e eventuais fotos, Sarkozy provavelmente ocupará uma das 15 celas de nove metros quadrados da área de isolamento de La Santé, segundo agentes penitenciários.
"Bem-vindo Sarkozy!", "Olha o Sarkozy!", gritaram vários detentos de suas celas ao observar a chegada do ex-presidente.
Sarkozy, nascido em 28 de janeiro de 1955, permanecerá detido em uma prisão que já recebeu outros famosos, como o venezuelano Carlos "O Chacal", condenado por atentados nos anos 1970 e 1980, ou o ditador panamenho Manuel Noriega.
- Pedido de liberdade condicional -
Os advogados do ex-presidente anunciaram que solicitaram sua liberdade condicional, como a legislação permite para os detentos que têm mais de 70 anos quando entram na prisão. A Justiça terá dois meses para tomar uma decisão.
"Sarko", como é conhecido na França, é o primeiro ex-chefe de Estado francês detido desde Philippe Pétain, que foi preso após a Segunda Guerra Mundial por colaborar com a Alemanha nazista.
Embora outros chefes de Estado europeus tenham sido presos, o francês é o primeiro de um país já integrante da União Europeia.
A detenção contrasta com a imagem de linha dura contra os criminosos que o político construiu como ministro do Interior entre 2005 e 2007, um cargo que o catapultou à presidência.
Sarkozy foi condenado por permitir que pessoas próximas a ele se aproximassem do governo líbio de Muammar Gaddafi, falecido em 2011, para obter recursos para financiar ilegalmente a campanha de 2007 que o levou ao poder.
Embora o processo não tenha permitido demonstrar que o dinheiro foi utilizado "em última instância", o tribunal destacou que os recursos saíram da Líbia, o que motivou a condenação do ex-presidente por associação ilícita e pela "gravidade excepcional dos fatos".
- Independência judicial -
A condenação não é a primeira contra o conservador, que já usou uma tornozeleira eletrônica no início do ano. Ele acumula outras duas por corrupção, tráfico de influência e financiamento ilegal de campanha em 2012, e também é alvo de outros processos.
Quase 60% dos franceses consideram "justa" sua entrada na prisão, segundo uma pesquisa recente, mas suas críticas à suposta politização dos juízes renderam apoio em setores da direita e da extrema direita.
A Procuradoria abriu uma investigação por ameaças nas redes sociais contra a juíza do caso e o atual presidente, o centrista Emmanuel Macron, foi obrigado a defender a independência da Justiça.
Macron, no entanto, recebeu Sarkozy no Palácio do Eliseu, sede da presidência, na sexta-feira passada. "Era normal que, no plano humano, eu recebesse um dos meus antecessores neste contexto", explicou o presidente na segunda-feira.
O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, também anunciou que visitará seu mentor político na prisão, uma visita que poderia "atentar contra a independência dos magistrados", advertiu nesta terça-feira o procurador-geral da Corte de Cassação, Rémy Heitz.
burs-tjc/an/fp
P.Martin--AMWN