-
Cazaquistão adere aos Acordos de Abraão, em movimento simbólico
-
Presidente Lula lança fundo para proteger florestas tropicais
-
Trump anuncia acordo para reduzir preço de medicamentos contra obesidade nos EUA
-
Paris sorteia descanso eterno em seus cemitérios mais famosos
-
Paramilitares anunciam que aceitam proposta de trégua humanitária no Sudão
-
Djokovic avança à semifinal do ATP 250 de Atenas
-
França promove militar judeu Alfred Dreyfus, alvo de polêmica há 130 anos
-
Jogador do Dallas Cowboys, da NFL, morre em aparente caso de suicídio
-
Lanterna da Champions, Ajax demite técnico John Heitinga
-
Presidente do México lança plano para denunciar e sancionar 'abuso sexual'
-
Sabalenka elimina Gauff do WTA Finals; Pegula também avança à semifinal
-
França pede que UE sancione a plataforma Shein
-
Nancy Pelosi, primeira mulher a presidir a Câmara dos EUA, anuncia aposentadoria
-
Sem gravatas! Calor de Belém altera código de vestimenta da Cúpula de Líderes
-
Para evitar o abismo, Lula e Guterres pedem que luta pelo clima não seja abandonada
-
Norris e Piastri retomam disputa pelo título no GP do Brasil, com Verstappen no retrovisor
-
'O melhor estreante', diz Felipe Massa sobre Bortoleto
-
Israel bombardeia Hezbollah no sul do Líbano e grupo xiita rejeita negociações
-
Leroy Sané volta à seleção alemã para as Eliminatórias da Copa 2026
-
Kirchner enfrenta maior julgamento por corrupção da história da Argentina
-
Ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez deixa prisão após anulação da sentença
-
Cherki, Kolo Muani e Kanté retornam à seleção francesa
-
Daniele De Rossi é o novo técnico do Genoa
-
Nancy Pelosi, 1ª mulher a presidir Câmara de Representantes dos EUA, anuncia aposentadoria
-
Turcos LGBTQIA+ temem projeto de lei considerado repressivo
-
Novas imagens de satélite sugerem 'valas comuns' na cidade sudanesa de El Fasher
-
Hezbollah insiste em 'direito' de defesa e rejeita diálogo político com Israel
-
Canadense Margaret Atwood, autora de 'O Conto da Aia', publica suas memórias
-
Kirchner enfrenta novo julgamento por corrupção em meio à crise do peronismo na Argentina
-
Cinquenta anos após sua morte, figura de Franco ganha popularidade entre jovens espanhóis
-
Escândalo no Miss Universo após discussão entre organizador tailandês e candidata mexicana
-
Tribunal critica Louvre por preferir 'operações de grande visibilidade' a investir em segurança
-
Ex-chefe de polícia da Nova Zelândia admite posse de material sexual infantil e zoofílico
-
Cúpula de líderes mundiais em Belém tenta salvar a luta pelo clima
-
Acidente com avião de carga deixa 12 mortos nos EUA
-
Meghan Markle se prepara para voltar ao cinema
-
Gigantes tecnológicas miram no espaço para impulsionar corrida pela IA
-
'O futebol vai conquistar os Estados Unidos', garante presidente da Fifa
-
Acidente com avião de carga deixa 11 mortos nos EUA
-
EUA cancelará voos a partir de 6ª feira por fechamento do governo
-
Inter de Milão vence Kairat Almaty (2-1) e se mantém 100% na Champions
-
Barcelona evita derrota em visita ao Brugge (3-3) na Champions
-
Manchester City goleia Borussia Dortmund (4-1) na Champions
-
Trump ataca democratas por maior paralisação de governo da história nos EUA
-
Milan registra queda nos lucros apesar de bater recorde de receitas
-
Imagens de satélite ajudam a revelar atrocidades da guerra no Sudão
-
Estêvão marca e Chelsea empata com Qarabag (2-2) na Champions
-
Premiê belga convoca reunião de emergência após novos sobrevoos de drones
-
Novo julgamento por morte de Maradona começará em 17 de março de 2026
-
Pagar para preservar as florestas: Brasil promove ambicioso fundo na COP30
Para evitar o abismo, Lula e Guterres pedem que luta pelo clima não seja abandonada
O Brasil e a ONU lançaram, nesta quinta-feira (6), um apelo para que a luta pelo clima não seja abandonada, para que ainda haja esperanças de salvar o planeta, na abertura de uma cúpula anterior à COP30 da ONU em Belém do Pará.
Cerca de 30 chefes de Estado e de governo, segundo a última lista oficial, responderam ao convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comparecer à capital paraense antes da COP, que será realizada de 10 a 21 de novembro.
O encontro de dois dias começou pouco depois de a ONU informar que o ano de 2025 se desenha como um dos mais quentes já registrados, coroando mais de uma década de temperaturas altas e inéditas.
"Falhamos" no objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 °C em relação à era pré-industrial, disse em Belém o secretário-geral da ONU, António Guterres.
"Isso é um fracasso moral e uma negligência mortal", mas "nunca estivemos melhor equipados para reagir", com instrumentos como as energias renováveis, acrescentou.
Lula chamou os líderes a agir imediatamente para salvar o planeta. "A janela de oportunidade que temos para agir está se fechando rapidamente", advertiu em seu discurso de abertura.
Também criticou as mentiras de "forças extremistas" que favorecem a "degradação ambiental".
A cúpula antecede a COP30, que representou um grande desafio logístico para Belém, uma cidade com capacidade hoteleira reduzida. Sua escolha como sede encareceu os preços e complicou a chegada de pequenas delegações e ONGs.
As autoridades aproveitaram, no entanto, para dar uma nova cara ao município de quase 1,4 milhão de habitantes, dos quais metade vive em favelas.
"Em relação às obras feitas, Belém melhorou muito. Vai ficar um grande legado pra gente, a cidade ficou muito mais bonita", comentou Rosiane Brito, funcionária administrativa de 40 anos.
Foram mobilizados cerca de 10 mil agentes das forças de segurança, além de 7.500 militares.
- Ritual amazônico -
"Nada começa na Amazônia sem um ritual", disse à AFP Walter Kumaruara, indígena de 29 anos da região, durante uma cerimônia de povos amazônicos, em frente ao centro de negociações.
"Tantas caras do nosso povo estampadas pela cidade, mas nós não estamos dentro desse evento", lamentou.
Cerca de 870 mil indígenas vivem na Amazônia Legal e suas tradições são consideradas fundamentais para manter de pé a maior floresta tropical do mundo.
Para a presidência brasileira, o objetivo da COP30 é salvar a cooperação internacional dez anos após o Acordo de Paris.
O Brasil não busca grandes decisões em Belém: quer que a COP30 consagre compromissos concretos e organize um acompanhamento de promessas passadas, por exemplo, sobre o desenvolvimento de energias renováveis.
Lula lançará nesta quinta um fundo dedicado à proteção das florestas - o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) - e um acordo para quadruplicar a produção de combustíveis "sustentáveis".
- Príncipe William, Macron, Petro -
Cento e setenta países participam na COP30, mas o governo dos Estados Unidos, país que é o segundo maior poluidor do mundo depois da China, não enviará uma delegação.
A decisão americana, no entanto, é um alívio para aqueles que temiam que Washington dificultasse os avanços, como aconteceu recentemente ao bloquear um plano mundial para reduzir as emissões de gases do efeito estufa do transporte marítimo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o colombiano, Gustavo Petro, e o príncipe William da Inglaterra participam da reunião de cúpula.
A maioria dos líderes do G20, incluindo China e Índia, não comparecerá ao encontro.
Donald Trump, convidado por Lula, ignorou a conferência. A segunda saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris ocorreu em um cenário internacional tenso, de guerras comerciais e conflitos.
- "Não é caridade" -
Boa parte do mundo em desenvolvimento segue insatisfeita após o acordo alcançado no ano passado em Baku sobre financiamento climático e pretende discutir o tema novamente.
"Não é caridade, e sim necessidade", declarou à AFP Evans Njewa, diplomata do Malauí que preside o grupo dos países menos desenvolvidos.
"Muitos dos nossos países não poderão adaptar-se a um aquecimento que ultrapasse 2°C", afirmou à AFP Ilana Seid, diplomata do arquipélago de Palau, no Pacífico, e presidente da Aosis. "Alguns dos nossos países insulares deixariam de existir".
O Brasil, que se apresenta como uma ponte entre o Norte e o Sul, não está isento de paradoxos: ao mesmo tempo que consegue frear o desmatamento, autorizou a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
"É muito contraditório", disse Angela Kaxuyana, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coaib).
"Os mesmos países" que se comprometem com o clima são os que "negociam a exploração de petróleo" na maior floresta tropical do planeta, lamentou em Belém.
burs-ffb/app/mel/ic/am
P.Mathewson--AMWN