-
A luta contra os robôs de IA que sugam conteúdo da Internet
-
Justiça britânica declara BHP responsável por tragédia da barragem em Mariana
-
Robôs humanoides estão longe de transformar a indústria, diz Amazon Robotics
-
Ataques russos deixam seis mortos e dezenas de feridos na Ucrania
-
Bad Bunny vence o prêmio de álbum do ano no Grammy Latino
-
Ataque russo contra Kiev deixa quatro mortos e mais de 20 feridos
-
EUA anuncia nova fase na luta antidrogas após chegada de porta-aviões ao Caribe
-
MLS vai mudar seu calendário em 2027 para adaptá-lo ao europeu
-
Itália não poderá contar com Lorenzo Musetti na Copa Davis
-
STJD revoga suspensão de 12 jogos de Bruno Henrique por caso de apostas
-
EUA anuncia acordos comerciais com Argentina, Equador, El Salvador e Guatemala
-
Esquerdista favorita em eleição chilena promete 'pragmatismo' com Trump
-
Brasil reforça segurança da COP30 após críticas da ONU
-
Scaloni garante que Messi jogará contra Angola
-
Pfizer conclui compra da especialista em obesidade Metsera após disputa com Novo Nordisk
-
Alemanha só depende de si para garantir vaga na Copa do Mundo de 2026
-
Já garantida na Copa de 2026, Inglaterra vence Sérvia (2-0) e mantém campanha 100%
-
Itália vence na visita à Moldávia (2-0) e adia festa da Noruega
-
Presidente da BBC enviou carta de desculpas a Trump por edição enganosa de discurso
-
França goleia Ucrânia (4-0) e se classifica para Copa do Mundo de 2026
-
Portugal perde para Irlanda e vai lutar por vaga na Copa de 2026 na última rodada
-
Alcaraz garante terminar ano como número 1 do mundo
-
BBC analisa outra suposta montagem enganosa de um discurso de Trump
-
Nigéria vence Gabão na prorrogação (4-1) e vai à final da repescagem africana para Copa de 2026
-
Gruyère suíço vence campeonato mundial do queijo
-
Colômbia garante que manterá cooperação em inteligência com EUA
-
França-Ucrânia tem homenagem a vítimas dos atentados de 13 de novembro de 2015
-
Israel recebe corpo de um dos últimos quatro reféns do Hamas
-
Homem joga ovos em Luis Rubiales durante apresentação de livro
-
EUA considerará obesidade e pessoas com necessidades especiais ao rejeitar vistos
-
Israel recebe corpo de um dos quatro últimos reféns do Hamas
-
Alcaraz avança às semifinais do ATP Finals após vitória de De Minaur sobre Fritz
-
França homenageia vítimas de atentados jihadistas de Paris 10 anos depois
-
Youtuber MrBeast abre parque de diversões temporário na Arábia Saudita
-
Mulino nega que manobras militares dos EUA no Panamá sejam contra Venezuela
-
Presidente ucraniano sanciona ex-sócio por escândalo de corrupção
-
Palestinos aproveitam trégua em Gaza para restaurar monumento histórico
-
Austrália e Turquia em queda de braço para sediar próxima COP
-
Eurodeputadas grávidas e mães recentes poderão votar por procuração
-
Equipe de pesquisadores 'derruba mito' de que avô de Hitler era judeu
-
O que se sabe sobre o escândalo de corrupção que abala a Ucrânia
-
Protesto pró-palestino em Berlim no emblemático Portão de Brandemburgo
-
TEDH decide que Polônia deve indenizar mulher que abortou no exterior
-
José Jerí, o presidente 'millennial' do Peru e sua guerra midiática contra o crime
-
Colômbia recua e manterá cooperação em inteligência com EUA
-
Dua Lipa, Coldplay e outros artistas exigem limite de preço para revenda de ingressos
-
Equador celebra referendo sobre bases militares estrangeiras e nova Constituição
-
Nova edição de 'Call of Duty' aposta no futuro em sua batalha com 'Battlefield'
-
A 'dor permanece', diz Macron 10 anos após os atentados de Paris
-
Ações da Disney despencam após queda nos lucros
Migrantes, a 'coluna vertebral' da economia dos EUA
Os Estados Unidos continuariam sendo a maior potência econômica mundial com menos migrantes? "Não", porque eles são "a coluna vertebral", o motor que move a máquina e do qual muitos setores essenciais dependem, afirmam especialistas.
O Gabinete Orçamentário do Congresso, uma agência oficial independente, tem isso claro: o aumento da migração impulsionará a economia dos Estados Unidos em cerca de 7 trilhões de dólares (cerca de R$ 35 trilhões, na cotação atual) na próxima década, ao proporcionar força de trabalho e aumentar a demanda.
Esse prognóstico não impediu que a migração seja usada como arma durante a campanha para as eleições de novembro, que serão disputadas pelo presidente democrata Joe Biden, candidato à reeleição, e seu antecessor, o republicano Donald Trump.
Trump (2017-2021) promete uma grande onda de deportação se retornar à Casa Branca porque considera que os migrantes "envenenam o sangue da nação".
Mas os Estados Unidos pode prescindir deles apesar do envelhecimento de sua população?
Os migrantes "são a alma" e "a coluna vertebral" do país, porque muitas indústrias dependem deles como a alimentícia, os serviços, a construção, a agricultura, a sanitária, "fundamentais para o funcionamento de qualquer sociedade", declarou à AFP Justin Gest, cientista político e professor da George Mason University.
Privar esses setores de sua mão de obra "teria um efeito crítico em todo o país", onde vivem cerca de 11 milhões de migrantes em situação irregular, acrescentou.
Se deixarem de trabalhar, "seria absolutamente trágico para algumas indústrias" e isso teria um "efeito dominó que afetaria toda a economia", concorda Heidi Shierholz, presidente do Instituto de Política Econômica, um centro de estudos progressista.
Contudo, as pesquisas refletem que os americanos estão cada vez mais preocupados com a imigração.
- Excedente de postos de trabalho -
Os simpatizantes do Partido Republicano atrelam a chegada de migrantes à política de Biden: mais de 7 milhões foram interceptados após cruzarem ilegalmente a fronteira com o México durante seu mandato, segundo dados oficiais.
No entanto, o democrata endureceu sua política de migração "ordenada", impondo condições de entrada - como solicitar uma entrevista por meio de um aplicativo de celular, cumprir os trâmites do processo nos países pelos quais passam ou aproveitar as permissões humanitárias - e acelerando as expulsões daqueles que não as cumprem.
Alguns estados conservadores foram muito além e impulsionam leis e medidas antimigrantes contra aqueles que estão no país de maneira irregular.
"Os Estados Unidos têm algo que o resto dos países da América não tem: um excedente de postos de trabalho", portanto "esse discurso oficial de que as pessoas que estão sem permissão devem ser expulsas é apenas eleitoreiro", declarou à AFP Oscar Chacón, diretor da Alianza Américas, uma coalizão de 58 associações de defesa dos migrantes no país.
Concretamente, há mais de oito milhões de postos de trabalho sem cobertura, segundo o Departamento de Trabalho.
"Os Estados Unidos se beneficiam da mão de obra abundante que cruza a fronteira, cria um problema político doméstico e nem todos os que cruzam a fronteira contribuem com algo positivo para a economia", mas oferece "uma vantagem comparativa", reconheceu a diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, durante as reuniões de primavera (outono no Brasil) do FMI em Washington.
O que Georgieva qualifica de problema doméstico aumentou durante a campanha eleitoral.
- "Mais empreendedores" -
"O presidente Biden valoriza e compreende as contribuições econômicas e culturais dos migrantes para o país", declarou à AFP Maca Casado, diretora de veículos hispânicos para a campanha do democrata.
Casado reprova Trump por boicotar um projeto de lei bipartidário que permite restringir o fluxo de migrantes na fronteira e favorece as expulsões aceleradas. A linha dura dos republicanos o sentenciou à morte por considerá-lo muito indulgente.
A AFP entrou em contato com a equipe de Trump, mas ninguém respondeu.
Lutas partidárias à parte, os especialistas reconhecem as diversas contribuições dos migrantes à economia.
Um mercado de trabalho como o dos Estados Unidos depende dos migrantes porque "estão entre as forças de trabalho mais flexíveis, móveis e versáteis do país", afirma Gest.
E contribuem para controlar a inflação, outra grande preocupações dos eleitores.
Sem os trabalhadores estrangeiros, "o custo da mão de obra subirá porque os salários podem aumentar, o que leva a pressões inflacionárias, que fazem com que os preços subam para todos os americanos", explica o cientista político.
Além disso, são "mais empreendedores", completa Shierholz. Embora "nem todas as empresas de migrantes tenham sucesso, em média, contribuem de forma desproporcional para a economia".
Quase 25% dos novos negócios abertos em 2021 nos Estados Unidos eram propriedade de latinos, segundo o Departamento do Tesouro.
Tanto é assim que, de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), se os latinos que vivem nos Estados Unidos fossem um país, eles seriam a quinta maior economia do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.
B.Finley--AMWN