-
Etiópia é eleita sede da COP32 do clima em 2027
-
Dallas Mavericks demite gerente geral Harrison, que negociou Doncic com Lakers
-
Musetti vence De Minaur e adia classificação de Alcaraz para semis do ATP Finals
-
Panamá apreende no Pacífico 13,5 toneladas de cocaína destinadas aos EUA
-
"Trump é temporário", diz governador da Califórnia na COP30
-
Vítimas da 'guerra' às gangues pedem fim do regime de exceção em El Salvador
-
Iraque elege novo Parlamento em momento-chave para o Oriente Médio
-
Família Bukele estende seu poder também ao futebol salvadorenho
-
Dirigente do Santos dá voto de confiança a Neymar: 'Gênio incompreendido'
-
Assistentes de IA abrem a porta para novas ameaças hackers
-
Damien Comolli é o novo diretor-executivo da Juventus
-
Trump reivindica 'grande vitória' por acordo para encerrar fechamento do governo
-
BBC deve 'lutar' por seu jornalismo, diz diretor demissionário ante ameaça de Trump
-
Projetos israelenses de anexação da Cisjordânia seriam 'linha vermelha', diz Macron a Abbas
-
Obra monumental de Michelangelo Pistoletto é exibida aos pés das pirâmides do Egito
-
Governador da Califórnia pró-clima ataca Trump na COP30
-
Diamante azul vivo é vendido por mais de US$ 25 milhões em Genebra
-
Uma comunista e um ultradireitista: as faces opostas da eleição presidencial no Chile
-
Porta-aviões se junta à operação dos EUA contra o narcotráfico na América Latina
-
Cobre, Pinochet, imigração: cinco coisas para saber sobre o Chile antes das eleições
-
Porta-aviões se junta à operação dos EUA contra o tráfico de drogas na América Latina
-
Um presidente democrata dos EUA retornaria ao Acordo de Paris 'sem hesitar', diz Newsom na COP30
-
Crime e imigração irregular pautam eleições presidenciais no Chile
-
Chinesa é condenada a quase 12 anos de prisão no Reino Unido por fraude com bitcoins
-
Alcaraz vence Fritz de virada e fica perto da semifinal do ATP Finals
-
Indústria musical alemã tem primeira vitória judicial contra a OpenAI
-
Atalanta anuncia Raffaele Palladino como novo técnico
-
'O sangue escorria': os relatos de sobreviventes do massacre de El Fasher, no Sudão
-
Lamine Yamal é desconvocado para jogos da Espanha contra Geórgia e Turquia
-
Brasil esboça os primeiros compromissos de sua COP amazônica
-
'Queremos demonstrar o que é o Brasil', diz Matheus Cunha antes de amistosos da Seleção
-
Atentado suicida deixa pelo menos 12 mortos na capital do Paquistão
-
Entenda a crise eleitoral em Honduras
-
À margem da COP30, comunidade em Belém luta contra esquecimento da Amazônia urbana
-
Guarda Costeira de Taiwan enfrenta poderio chinês perto das suas ilhas
-
Ladrões roubam ouro antigo do Museu Nacional da Síria, segundo diversas fontes
-
Cristiano Ronaldo diz que Copa do Mundo de 2026 será a última de sua carreira
-
Atentado suicida em Islamabad deixa 12 mortos
-
'Demon Slayer' ajuda Sony a melhorar previsões de lucro
-
Autor de ataques de Paris em 2015 busca processo de justiça restaurativa
-
Iraque celebra eleições gerais em raro momento de calma
-
Israel enterra militar sequestrado e assassinado em Gaza há 11 anos
-
Índia investiga explosão que matou oito pessoas em Nova Délhi
-
Tatsuya Nakadai, protagonista de filmes de Kurosawa, morre aos 92 anos
-
G7 se reúne no Canadá com Ucrânia e domínio da China sobre minerais na agenda
-
Paralisação do governo americano se aproxima do fim após votação no Senado
-
Equador faz primeiras transferências para megaprisão após massacre
-
Sem Trump, COP30 se esforça para 'derrotar' negacionismo climático
-
Equador transfere primeiros presos para megaprisão após massacre carcerário
-
Brasil será primeiro país sul-americano com impedimento semiautomático
Mão pesada ou pragmatismo? As incertezas sobre a política de Trump em relação à Venezuela
Petróleo, migração, democracia: a política de Donald Trump para a Venezuela é um enigma em seu retorno ao poder nos Estados Unidos, quatro anos após sua tentativa frustrada de derrubar Nicolás Maduro, um “inimigo” declarado.
Trump, que impôs uma política de pressão máxima contra Maduro em 2019, incluindo um embargo ao petróleo venezuelano, assumirá o poder em meio a uma crise energética provocada pelas guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, o que torna o petróleo venezuelano mais atraente.
Embora o magnata tenha criticado a administração de Joe Biden por comprar petróleo de Caracas, pouco falou sobre a Venezuela e os venezuelanos durante sua campanha, limitando-se a se referir a eles como migrantes "criminosos".
"Não há clareza sobre como será, no geral, sua política externa", afirmou à AFP o internacionalista Iván Rojas. "É possível que ele seja mais pragmático e busque se ajustar, assim como é possível que, para manter sua imagem de força, mantenha as sanções, ou até as intensifique. Ambas as possibilidades existem".
O governo da Venezuela, que rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos no primeiro mandato de Trump, se disse disposto, nesta quarta, a "estabelecer boas relações" com Washington na volta do bilionário à Casa Branca, em um comunicado divulgado pelo chanceler, Yván Gil.
"A Venezuela sempre está disposta a estabelecer boas relações com os governos americanos, enquadradas no espírito de diálogo, respeito e sensatez", informou Gil, que cumprimentou Trump por sua vitória nas eleições presidenciais.
Na segunda-feira, o presidente Maduro expressou que qualquer que fosse o vencedor das eleições nos Estados Unidos teria que "falar, dialogar e se entender" com o seu governo, declarado reeleito em 28 de julho, apesar das denúncias de fraude.
A oposição, liderada por María Corina Machado, que reivindica a vitória do candidato Edmundo González Urrutia nas eleições, parabenizou Trump e se comprometeu a ser um "aliado confiável" para a Casa Branca.
- Mão pesada -
A vitória de Trump foi comemorada por boa parte da diáspora venezuelana, que deposita nele a esperança de ver o chavismo cair.
Em seu primeiro governo (2017-2021), Trump liderou uma ofensiva internacional contra Maduro, quando o esquerdista foi reeleito pela primeira vez em 2019, em um pleito boicotado pela oposição. Trump impôs sanções e afirmou que "todas as opções, incluindo a militar", estavam sobre a mesa.
A Venezuela rompeu relações com os Estados Unidos e passou a culpar Trump pela profunda crise que atravessa.
"Ele poderia tentar repetir sua política sobre a Venezuela, ou seja, fazer tudo o que puder para derrubar o regime de Maduro", afirmou a cientista política Vanda Felbab-Brown, pesquisadora do Brookings Institution, em Washington DC.
As eleições presidenciais de julho, que a oposição afirma terem sido "roubadas" por Maduro, justificariam essas ações, segundo a especialista: "Se Trump tentasse derrubá-lo, não acredito que seria mais fácil do que no seu primeiro mandato."
Haverá mais clareza sobre o futuro da relação Trump-Maduro quando o magnata anunciar sua equipe de assuntos exteriores, observa Christopher Sabatini, pesquisador para a América Latina do centro de análise britânico Chatham House.
"Se for (o senador) Marco Rubio ou seus seguidores, isso trará um endurecimento da política para a Venezuela e Cuba: sanções mais severas e, infelizmente, uma retórica mais dura e pouco construtiva", disse Sabatini, que acredita que essa linha "favoreceria uma maior influência" de China e Rússia, importantes aliadas de Maduro, na região.
- Negociar -
Biden tentou uma aproximação com Maduro, principalmente após a invasão russa à Ucrânia e a crise energética que ela gerou, a qual piorou depois com a guerra no Oriente Médio.
O presidente democrata flexibilizou o embargo, concedeu licenças operacionais a multinacionais petrolíferas e trocou prisioneiros, enquanto pressionava, sem sucesso, por eleições livres e justas na Venezuela.
Outra possibilidade para o novo governo é que, seguindo a mesma linha, "Trump tente negociar" com o chavismo, afirma Sabatini, devido a "essas inclinações narcisistas de acreditar que pode negociar com ditadores, além de seu amor por líderes fortes".
O republicano já expressou fascínio por líderes autoritários, como o russo Vladimir Putin, com quem ele afirma que chegará a um acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia.
Uma prioridade na campanha de Trump foi a migração, com a promessa de deportações em massa.
Entre 2021 e 2024, quase 764.000 venezuelanos sem documentação foram interceptados na fronteira com o México, dos quais, segundo o presidente eleito, muitos são "criminosos".
Ele se referiu em particular ao “Trem de Aragua, uma das gangues de migrantes mais mortais e impiedosas". O grupo criminoso, que tem origem venezuelana e atua em vários países sul-americanos, passou a operar mais recentemente também nos Estados Unidos.
Biden conseguiu autorização da Venezuela para deportar venezuelanos, apesar da falta de relações diplomáticas. A prerrogativa terminou com a condenação de Washington à reeleição de Maduro.
P.Costa--AMWN