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'O sonho virou pesadelo', diz pai de venezuelano preso em El Salvador
Merwil Gutiérrez, 19 anos, é um dos mais de 200 venezuelanos deportados para El Salvador em março pelo governo Donald Trump, apesar de não terem antecedentes criminais e sem o devido processo legal, segundo seu pai, que não tem notícias dele há mais de um mês e meio.
"Não sei se meu filho está bem, se está doente, não sei se está se alimentando", disse à AFP Wilmer Gutiérrez.
Também não sabe por que foi levado para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), em El Salvador, em deportações que geraram um debate jurídico nos Estados Unidos devido à falta do devido processo legal e à violação de direitos humanos.
Merwil foi levado pelos policiais às 23h do dia 24 de fevereiro, da portaria do prédio do Bronx onde morava, depois de sair para comprar comida e parar para cumprimentar alguns vizinhos.
Seu pai diz que os policiais perguntaram por outra pessoa. Depois de verificar sua identidade, um policial disse que ele poderia ir embora, mas outro decidiu prendê-lo, junto com outras duas pessoas, explica Wilmer.
A última vez que falou com o filho, que estava detido em uma unidade no Texas, ele contou que seria deportado no dia seguinte. Ambos presumiram que seria para a Venezuela.
"Quando soubemos que aqueles voos chegaram em El Salvador (...) pensamos que ele estava lá (...). Não tínhamos certeza ainda, mas também não estávamos certos de que seria enviado à Venezuela, porque nenhum voo sairia", lembra este homem de 40 anos, pai de outras duas filhas. Uma delas, Wisleydy, luta pela libertação de seu irmão na Venezuela.
Até que uma lista do governo americano com o nome dos deportados para El Salvador, incluindo seu filho, foi divulgada, não teve certeza de nada.
O Departamento de Segurança Interna não respondeu aos contatos da AFP sobre o caso.
- "Sequestro" -
O governo Donald Trump expulsou 288 imigrantes para El Salvador, incluindo 252 venezuelanos acusados de pertencer à gangue Tren de Aragua (TDA), utilizando a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798.
Na semana passada, um juiz do Texas proibiu deportações sob esta lei, considerando-as "ilegais". Tribunais as suspenderam temporariamente.
Merwil teve "asilo concedido", disse à AFP a advogada Ana de Jesús, da organização Inmigración al Día, para quem o que aconteceu foi "horrível". Junto com outras organizações de defesa dos imigrantes, consideram apresentar um mandado de segurança.
"Independentemente de saber se algo pode ser feito, o que estamos tentando fazer é criar algum ruído, pressão popular, porque o que está sendo feito — não seguir o devido processo legal, não nos permitindo ajudar nossos clientes — é simplesmente um sequestro", disse.
Um dos casos mais polêmicos é a deportação do salvadorenho Kilmar Abrego Garcia, enviado ao Cecot, apesar de haver uma ordem judicial de 2019 que impede sua deportação.
Para os congressistas latinos Alexandria Ocasio-Cortez e Adriano Espaillat, a detenção de Merwil por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) é um "sequestro".
"Merwil foi tirado de seu pai e de nossa comunidade sem o devido processo legal, sem acusações criminais e sem uma ordem de deportação emitida por um juiz", lamentaram em um comunicado.
Após uma jornada perigosa pela selva de Darién, entre a Colômbia e o Panamá, como centenas de milhares de venezuelanos fizeram durante o governo Joe Biden, Wilmer e seu filho, então com 17 anos, entraram nos Estados Unidos em 21 de julho de 2023 e pediram asilo.
Seu filho, que é apaixonado por "roupas e sapatos", também "não tem tatuagens", um dos critérios usados pelo governo americano para prender supostos membros da TDA.
"Se cometeram um erro neste país, deveriam pagar neste país ou enviá-los de volta para seu país", diz Wilmer, que desde que chegou a Nova York trabalha à noite, como seu filho, em um depósito de encomendas perto do aeroporto. Na noite da prisão ele estava de folga.
"O sonho (de vir para os Estados Unidos) virou pesadelo. Foi lindo quando viemos. A luta que enfrentamos", diz enquanto procura no celular fotos do filho durante a perigosa aventura. "Olha a carinha de criança", diz, com os olhos brilhando.
"Se o mandasse de volta para cá, eu iria embora com ele. Se o mandassem de volta para a Venezuela (...) eu pegaria minha mala e partiria", diz.
"Esse é o fim do sonho americano", conclui.
M.Fischer--AMWN