
-
Morre o ator britânico Terence Stamp aos 87 anos
-
Trump destaca 'grandes avanços' com a Rússia para acordo de paz na Ucrânia
-
Chelsea empata sem gols com Crystal Palace na 1ª rodada do Inglês
-
Bolívia em crise vota para mudar de rumo após 20 anos de socialismo
-
Líderes europeus acompanharão Zelensky na Casa Branca na segunda-feira
-
A luta de um brasileiro nas redes sociais contra os batedores de carteira de Londres
-
Europa discute plano de paz para a Ucrânia após cúpula Trump-Putin
-
Bolívia inicia eleições para presidente e Congresso com direita como favorita
-
Furacão Erin, rebaixado para categoria 3, atinge o Caribe com chuvas
-
Manifestantes em Israel pedem libertação dos reféns em Gaza
-
Trump entrega a Putin uma 'carta da paz' de sua esposa Melania
-
Alcaraz supera um debilitado Zverev e fará final em Cincinnati contra Sinner
-
Confrontos eclodem em cidades da Sérvia em nova noite de protestos
-
Aniversariante do dia, Sinner vence Atmane e vai à final do Masters 1000 de Cincinnati
-
Bayern vence Stuttgart (2-1) e é campeão da Supercopa da Alemanha
-
Bolsonaro volta à prisão domiciliar após exames médicos a semanas de veredicto
-
Barcelona estreia no Espanhol com vitória tranquila sobre o Mallorca
-
Governo do Canadá intervém para deter greve da Air Canada
-
Com Pogba na torcida, Monaco estreia no Francês com vitória sobre o Le Havre
-
Trump renuncia a cessar-fogo na Ucrânia após cúpula com Putin
-
Russos estão otimistas após cúpula Trump-Putin
-
Haaland faz 2 e City goleia Wolverhampton na estreia no Inglês
-
Erin se torna furacão de máxima potência enquanto se aproxima do Caribe
-
Após cúpula de alto risco, Trump parece ter cedido a Putin
-
O que se sabe após a cúpula entre Trump e Putin sobre a Ucrânia
-
Com 2 gols de Richarlison, Tottenham estreia com vitória no Inglês
-
Trump quer plano de paz na Ucrânia após fracasso em garantir cessar-fogo
-
O que se sabe da cúpula entre Trump e Putin sobre a Ucrânia
-
Rússia reivindica mais duas localidades; Ucrânia diz que repeliu avanço russo
-
Polícia abre investigação por insultos racistas a atacante do Bournemouth no estádio do Liverpool
-
Ucranianos desiludidos após cúpula Trump-Putin porque 'não há paz'
-
Furacão Erin se intensifica para categoria 4 enquanto se aproxima do Caribe
-
Bolsonaro deixa prisão domiciliar para fazer exames médicos
-
Trump quer plano de paz após fracasso em garantir cessar-fogo
-
Monção causa mais de 340 mortes no Paquistão em 48 horas
-
Líderes europeus estão dispostos a facilitar uma cúpula Trump-Zelensky-Putin
-
Trump e Putin encerram cúpula sem anunciar plano para a Ucrânia
-
Trump e Putin encerram cúpula sem revelar um plano para a Ucrânia
-
Zverev atropela Shelton e vai enfrentar Alcaraz nas semis de Cincinnati
-
Trump e Putin evitam revelar seu plano para a Ucrânia
-
Processo de Washington contra governo Trump por controle da polícia termina em acordo
-
Cazorla volta à LaLiga com derrota do Oviedo em visita ao Villarreal
-
Starship, megafoguete de Musk, tentará decolar novamente em 24 de agosto
-
Arminia Bielefeld volta a vencer Werder Bremen (1-0) na Copa da Alemanha
-
Putin volta à cena diplomática no tapete vermelho de Trump
-
Liverpool abre Premier League com vitória no fim sobre Bournemouth (4-2)
-
Alcaraz sofre mas vence Rublev e vai às semifinais em Cincinnati
-
Olympique de Marselha perde no fim para o Rennes com dez jogadores na abertura da Ligue 1
-
Coman deixa Bayern de Munique e assina com saudita Al Nassr, de CR7
-
Incêndios causam primeira morte em Portugal, Espanha fica em alerta

Bolívia em crise vota para mudar de rumo após 20 anos de socialismo
Os bolivianos, cansados da crise econômica, votam neste domingo (17) em eleições gerais, com a direita como favorita, para pôr fim a duas décadas de governos de esquerda iniciados por Evo Morales.
Um país sem dólares e combustíveis e com uma inflação anual de quase 25%, a maior em 17 anos, vai às urnas disposto a punir o Movimento ao Socialismo (MAS), que governa desde 2006, primeiro com Morales e depois com Luis Arce, hoje adversários.
"Quero uma mudança. Acho que a esquerda nos fez muito mal (...) Não há trabalho, não há gasolina, o mercado está muito caro. Há famílias passando por dificuldades", disse à AFP Miriam Escobar, de 60 anos, que foi a primeira a votar em uma escola no sul de La Paz.
Na fria manhã de inverno na capital, não havia longas filas nos centros de votação. No início do dia, foi evidente a ausência de jovens eleitores.
O empresário milionário Samuel Doria Medina, de 66 anos, e o ex-presidente Jorge Tuto Quiroga, de 65, partem com ampla vantagem entre os oito candidatos a suceder Arce.
Praticamente empatados nas pesquisas, os dois disputariam um segundo turno no dia 19 de outubro, em um duelo inédito entre candidatos de direita. O oficialista Eduardo del Castillo e o esquerdista e chefe do Senado, Andrónico Rodríguez, estão logo atrás.
"Hoje é um dia muito importante para os bolivianos porque, através do voto, podemos sair desta crise econômica de forma pacífica, de forma democrática", disse Doria Medina à imprensa após votar em uma escola em La Paz.
As urnas abriram às 08h00 locais (9h00 em Brasília) e fecharão às 16h00 (17h00 em Brasília).
Mais de 7,9 milhões de bolivianos estão aptos a escolher entre oito candidatos presidenciais e a renovar o Congresso de 166 membros. O voto é obrigatório.
- Ruptura -
A mudança parece iminente diante da difícil situação econômica que a maioria atribui ao governo de Arce.
Durante sua administração, a Bolívia, outrora rico produtor de gás, com importantes recursos de lítio por explorar, quase esgotou suas reservas de dólares em subsídios caros para os combustíveis que beneficiam seus 11,3 milhões de habitantes.
Miguel Angel Miranda, um estudante de 21 anos, acredita que após duas décadas as pessoas perceberam que o socialismo "não funcionou". "Vai custar um pouco adaptar-se a um novo modelo político", comentou. Mas, como ele, muitos acreditam que isso é inevitável.
Doria Medina e Quiroga encarnam o desejo de ruptura. Suas propostas convergem: implementar uma economia de mercado e desmontar o modelo implantado pelo MAS.
O primeiro promete um plano de choque de 100 dias para combater a escassez de combustível, dólares e alguns produtos básicos. O empresário fez fortuna na indústria de cimento, no setor hoteleiro e no de fast-food.
Seu rival é um velho conhecido da política. Quiroga foi presidente entre 2001 e 2002, quando, sendo vice-presidente, assumiu o poder em substituição a Hugo Banzer, um ex-ditador dos anos 1970 que depois foi eleito democraticamente, mas renunciou ao cargo ao adoecer com câncer.
Quiroga antecipa uma reviravolta: "Vamos mudar tudo, absolutamente tudo. São 20 anos perdidos".
Ambos fracassaram em mais de uma tentativa de chegar à presidência. Também compartilham o objetivo de que Evo Morales preste contas à Justiça.
- À sombra -
Morales, o primeiro presidente indígena da Bolívia, que governou entre 2006 e 2019, tentou concorrer nesta eleição para um quarto mandato.
Uma decisão judicial o impediu, proibindo a reeleição por mais de uma vez. Além disso, ele enfrenta uma ordem de prisão por suposta exploração de uma menor quando era presidente, acusação que ele nega.
O líder cocalero, de 65 anos, que durante seu mandato conseguiu reduzir a pobreza e triplicar o PIB com seu plano de nacionalizações, rompeu relações com Arce, o que fragmentou o MAS.
Aliciado em uma pequena localidade do Trópico de Cochabamba, sob a proteção de seus mais fiéis apoiadores, tenta evitar sua prisão. De lá, promove o voto nulo na ausência de um candidato que apoie.
Tudo está preparado para uma mudança na política boliviana.
A direita "é como uma nova voz e também é o único caminho que temos para sair disso. Não temos outra opção", resume Jazmin Aruquipa, uma jovem de 21 anos de La Paz.
Os analistas também preveem uma guinada.
"Não acho que as pessoas estejam conscientemente dizendo que querem uma mudança ideológica", mas sim "que querem estabilidade", corrobora à AFP Daniela Osorio Michel, pesquisadora do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais.
P.Martin--AMWN