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Trump desaconselha mulheres grávidas a tomar paracetamol e associa fármaco ao autismo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desaconselhou nesta segunda-feira (22) o uso de paracetamol em mulheres grávidas porque poderia estar "associado a um risco muito elevado de autismo", uma declaração que contradiz a experiência médica.
"Não tomem", "não deem ao seu bebê", declarou o republicano durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca dedicada ao autismo, um dos temas que mais o preocupam.
Trump se referia ao Tylenol, o medicamento com paracetamol mais comum nos Estados Unidos, um composto vendido sem receita e utilizado há décadas, sem que os estudos tenham mostrado efeitos gravemente contraproducentes.
O autismo, no entanto, cresceu exponencialmente nos Estados Unidos (e em muitos outros países, segundo estudos médicos comprovados), insistiu Trump, ao lado do secretário de Saúde, Robert Kennedy Jr., e outros responsáveis do Departamento de Saúde.
Kennedy é um declarado cético em relação às vacinas.
Trump mencionou uma taxa de prevalência do autismo que teria crescido de forma incontrolável nos Estados Unidos: há décadas, explicou, "uma em cada 20 mil crianças" era diagnosticada como autista.
Esse percentual passou a "uma em cada 10 mil" e seguiu caindo até "uma em cada 31 crianças" atualmente, assegurou, exibindo cartazes para apoiar suas declarações.
"Segundo um rumor — e não sei se é verdade — não existe paracetamol em Cuba porque eles não podem se dar ao luxo de tê-lo. Pois bem, quase não há autismo", afirmou o presidente.
Presente em analgésicos amplamente utilizados como Doliprane ou Dalfagan, o paracetamol ou acetaminofeno é recomendado para mulheres grávidas contra dor ou febre, já que outros medicamentos, como aspirina ou ibuprofeno, estão contraindicados, especialmente no final da gestação.
Vinculá-lo ao autismo seria "muito irresponsável e potencialmente perigoso", advertiram no início de setembro dezenas de cientistas americanos especializados em autismo, depois de o Wall Street Journal mencionar essa possibilidade.
"A ciência é muito mais matizada e incerta", insistiram, alertando que tal anúncio semearia "confusão e medo".
Trump disse que, diante da possibilidade de estar vinculado ao autismo — uma condição do neurodesenvolvimento que afeta as capacidades de comunicação e de relacionamento do ser humano —, seria melhor "evitar na medida do possível" o consumo desse medicamento.
Paralelamente às declarações do presidente, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos anunciou que dava luz verde ao uso da leucovorina para combater determinados aspectos do autismo, como o atraso de linguagem.
O ácido fólico é administrado em alguns países de forma habitual a mulheres grávidas para o desenvolvimento saudável dos bebês.
- Necessidade de estudos -
A possibilidade de um vínculo entre o consumo de paracetamol durante a gravidez e os transtornos de neurodesenvolvimento na criança não é "nada nova", afirmou à AFP David Mandell, professor de psiquiatria na Universidade da Pensilvânia.
Houve numerosas pesquisas sobre o tema, com resultados divergentes.
Um amplo estudo realizado em mais de 2 milhões de crianças e publicado em 2024 na prestigiada revista médica Jama descartou esse risco.
Mas recentemente uma análise de estudos anteriores chegou a uma conclusão oposta, embora seus autores tenham advertido que são necessárias mais pesquisas para confirmar essa possível implicação.
Uma das dificuldades enfrentadas pelos cientistas é que é difícil distinguir os efeitos do consumo desse medicamento das razões pelas quais ele é tomado, explica Mandell.
"Sabemos que a febre (...) pode aumentar o risco de atrasos e transtornos do desenvolvimento neurológico", aponta.
"Portanto, é preciso ser muito cauteloso ao tentar determinar qual desses dois fatores é responsável pelo aumento do risco de autismo", acrescenta.
- Vacinas e hepatite B -
O autismo é um transtorno complexo com um espectro muito amplo, cuja causa é estudada há décadas.
Embora a genética desempenhe um papel importante, também foram apontados diversos fatores ambientais, como uma neuroinflamação ou o consumo de certos medicamentos — por exemplo, o antiepiléptico Depakine — durante a gravidez.
Kennedy Jr. havia prometido estabelecer até setembro as causas do que classifica como "epidemia de autismo", um compromisso que preocupou profundamente especialistas devido à complexidade do tema e às posturas do secretário de Saúde, que tem difundido falsas teorias que vinculam o autismo às vacinas.
Muitos cientistas rejeitam a existência de uma epidemia, destacando as melhorias nos diagnósticos como explicação para o aumento nos casos de autismo.
Trump defendeu também nesta segunda-feira a mudança do calendário de vacinação das crianças americanas, assegurando que não havia "nenhuma razão" para vacinar recém-nascidos contra a hepatite B.
"A hepatite B é transmitida por via sexual. Não há nenhuma razão para vacinar contra a hepatite B um bebê que acaba de nascer. Eu diria que se deveria esperar até que a criança tenha 12 anos", afirmou.
No entanto, a hepatite B pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gravidez ou o parto.
A.Malone--AMWN