-
Alto comissário da ONU aponta 'indícios' de que ataques dos EUA contra embarcações são 'execuções extrajudiciais'
-
Ex-presidente Sarkozy deixa a prisão na França após 20 dias
-
Presidente da BBC pede desculpas por edição enganosa do discurso de Trump
-
Valas comuns eternizam Guerra Civil Espanhola
-
Justiça francesa ordena libertação do ex-presidente Sarkozy
-
Glen Powell reinventa 'O Sobrevivente' no papel de Schwarzenegger
-
Dez anos de reconstrução para vítimas dos atentados de 2015 em Paris
-
Tufão Fung-wong deixa cinco mortos e dezenas de cidades inundadas nas Filipinas
-
Mulheres sauditas praticam dança do ventre em segredo
-
Fundada há 40 anos, Repórteres sem Fronteiras passa da defesa à ação
-
BBC é obrigada a dar explicações após edição enganosa do discurso de Trump
-
Senado dos EUA dá passo importante para acabar com paralisação orçamentária
-
Curupira: guardião da Amazônia e mascote da COP30
-
Relógio Patek Philippe é leiloado por quase R$ 100 milhões
-
Tufão Fung-wong deixa dezenas de cidades sem energia elétrica nas Filipinas
-
Senadores dos EUA chegam a acordo para encerrar paralisação orçamentária
-
COP30 começa em Belém com negociações difíceis sobre energias fósseis e financiamento
-
Celac e UE rejeitam 'uso da força' no Caribe sem mencionar EUA
-
Paralisação orçamentária nos EUA: milhares de voos cancelados e um sinal de esperança
-
Napoli perde e Inter de Milão assume liderança do Italiano
-
Real Madrid fica no 0 a 0 com Rayo Vallecano mas segue líder do Espanhol; Barça vence Celta
-
"O pior dia da minha vida", lamentou Bortoleto após abandonar GP do Brasil
-
PSG vence Lyon nos acréscimos (3-2) e recupera liderança da Ligue 1
-
Alcaraz estreia no ATP Finals com vitória sobre De Miñaur; Zverev derrota Shelton
-
Stuttgart vence Augsuburg de virada (3-2) e é 4º colocado na Bundesliga
-
Cúpula Celac-UE acontece na Colômbia em meio a tensões com EUA
-
Roma vence Udinese (2-0), aproveita derrota do Napoli e assume liderança do Italiano
-
Manchester City atropela Liverpool (3-0) no jogo 1000 de Guardiola
-
Strasbourg vence Lille (2-0) e sobe para 4º na Ligue 1
-
Norris vence GP do Brasil e aumenta vantagem na liderança do Mundial de F1; Bortoleto abandona
-
Real Madrid fica no 0 a 0 com Rayo Vallecano mas segue líder isolado do Espanhol
-
Todos a bordo! Cruzeiros aliviam falta de hotéis na COP30 em Belém
-
Napoli perde na visita ao Bologna (2-0) e cede liderança ao Milan
-
Nottingham Forest volta a vencer na Premier League após quase 3 meses
-
Rio Bonito do Iguaçu tenta se recuperar após destruição provocada por tornado
-
Alcaraz no ATP Finals com vitória convincente sobre De Miñaur
-
Cúpula Celac-UE começa na Colômbia com grande ausências
-
Supertufão atinge as Filipinas
-
Quatro referências ambientais do Brasil para acompanhar na COP30
-
China suspende veto de exportação para EUA de três metais raros
-
Ucrânia tenta restabelecer energia elétrica e calefação após ataques russos
-
Supertufão se aproxima das Filipinas e mais de 1 milhão abandonam suas casas
-
Cúpula Celac-UE começa na Colômbia com ausências notáveis
-
França não assinará acordo com o Mercosul que 'condenaria' seus agricultores
-
Milan cede empate contra Parma e deixa liderança escapar; Juve fica no 0 a 0 com Torino
-
Corpo entregue a Israel na sexta é de refém israelense-argentino
-
Paz toma posse na Bolívia e restabelecerá relações com EUA
-
Tornado provoca destruição no Paraná, deixa seis mortos e 750 feridos
-
Arsenal sofre empate no fim contra Sunderland (2-2) mas ainda lidera Premier League
-
Djokovic desiste de disputar ATP Finals devido a lesão
'Coletivos', o 'braço armado' civil da Revolução que toma posse com Maduro
"Somos os defensores da pátria, os defensores do processo revolucionário", proclama Teodoro Cortez, segundo no comando do 'Coletivo Catedral', que resiste às críticas contra estes grupos descritos pela oposição e pelos ativistas dos direitos humanos como "paramilitares" a serviço do poder.
Temidos, os 'coletivos' desempenharam um papel importante na repressão das manifestações que eclodiram depois que a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho foi declarada em meio a denúncias de fraude. O resultado: 28 mortos, 200 feridos e mais de 2.400 prisões.
Eles prometem agir novamente na quinta-feira, quando estão programadas manifestações da oposição antes da posse de Maduro para um terceiro mandato (2025-2031).
Na terça-feira, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, reuniu centenas de membros dos coletivos em um comício e fez duras advertências contra os opositores de Maduro.
"Fascistas, terroristas, se ousarem (interferir na posse), vão se arrepender por toda a vida", disse Cabello, sob aplausos.
Os coletivos, um legado de Hugo Chávez (presidente entre 1999 e 2013 e antecessor de Maduro), afirmam trabalhar para suas comunidades em atividades esportivas, culturais e educacionais, mas deixam claro que sua prioridade é a "segurança" da Revolução Bolivariana.
- "Se tivermos que ser violentos, seremos" -
No centro de Caracas, um mural retrata Ernesto 'Che' Guevara e Chávez, além de "mártires" como o líder líbio Muammar Kadafi e o general iraniano Qassem Soleimani.
Em outra parede, são exibidos os governantes da Rússia, Vladimir Putin; da Coreia do Norte, Kim Jong Un; e da China, Xi Jinping.
"Eles são uma fonte de inspiração" para "nossa total independência", diz Rafael Arévalo, de 28 anos.
"Os coletivos são uma força civil que apoia o governo. Estão lá para manter a paz", declarou o jovem apoiador chavista.
De fato, em certas áreas onde os coletivos estão fortemente estabelecidos, a criminalidade é baixa.
Em Catia, um grande bairro operário no oeste de Caracas, Damaris Mujica, 54 anos, é uma das poucas mulheres que lidera um coletivo, o "Warairarepano".
"Se tivermos que ser violentos, obviamente seremos. Se você me bater, eu vou bater em você. Se quiserem me machucar, eu não vou deixar", respondeu ao questionamento da oposição.
Os coletivos ajudaram a dispersar as manifestações pós-eleitorais, enquanto espalhavam o terror dia e noite, como em Petare, um gigantesco bairro de Caracas considerado um dos maiores da América Latina.
"Se eu sair (para protestar), não voltarei", disse Josumary Gómez, 32 anos, durante as manifestações.
"O objetivo dos coletivos é instaurar o medo", diz outro morador do bairro.
- "Impunidade total" -
Phil Gunson, do International Crisis Group, prefere descrever os coletivos como grupos 'parapoliciais' em vez de 'paramilitares'.
"Eles geralmente estão encapuzados" e "estão armados ou, pelo menos, pode-se presumir que estejam armados (...) Pessoas foram feridas, foram mortas por esses coletivos", disse.
Gunson afirma que estes grupos "têm ligações diretas" com a polícia e as agências de inteligência, e "são financiados pelo poder", ressaltando uma "impunidade total".
Aproveitando-se do apoio das autoridades, alguns coletivos passaram a se comportar como "grupos criminosos" que praticam a "extorsão", segundo a ONG InSight Crime, que trabalha contra o crime organizado na América Latina.
Teodoro Cortez e Damaris Mujica rejeitam estas acusações, negam receber dinheiro do Estado e dizem viver dos negócios de seus grupos.
Mujica cita duas cafeterias, um cabeleireiro e um estúdio de tatuagem de propriedade do coletivo. "Não pedimos um centavo aqui", conta, embora reconheça que o "dinheiro" pode ter se tornado a força por trás de outros coletivos.
"Nunca daremos um passo atrás (...). Eu sempre peço a Deus que todas as pessoas que falam mal dos coletivos vivam por mil anos, porque haverá mil anos de revolução, mil anos dos gloriosos coletivos", diz Cortez.
C.Garcia--AMWN