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Lançamento de desenho libertário em canal estatal causa polêmica na Argentina
A estreia de uma série de animação que promove o bitcoin, questiona as universidades e critica o papel do Estado está causando polêmica na Argentina, desde que o governo de Javier Milei a incluiu na nova programação do canal estatal infantil Paka Paka.
A chegada do desenho “Tuttle Twins”, prevista para julho, foi celebrada pelos apoiadores do presidente libertário, mas questionada por seus detratores, que denunciam uma doutrinação.
"Quando o dinheiro é controlado, ele é corrupto", diz um bitcoin falante, ao explicar a teoria de que a criptomoeda é a melhor opção para evitar que os governos emitam cédulas e controlem a inflação.
A série, de origem americana, retrata as aventuras dos gêmeos Tuttle e sua avó, que viajam no tempo para aprender sobre liberalismo e economia ao lado de personagens como os economistas ultraliberais Milton Friedman e Ludwig Von Mises, ambos acadêmicos de cabeceira de Milei.
"É o único desenho animado liberal do mundo (...) Está relacionado aos valores que nós defendemos", afirmou o diretor do Paka Paka, Walter Gómez, em uma entrevista ao canal de streaming governista Carajo. Contactado pela AFP, ele preferiu não se manifestar.
O influenciador libertário Pablo Pazos, conhecido como Gordo Pablo, elogiou a iniciativa. "Muito bem, obrigado, não haverá crianças comunistas", declarou em outro programa do Carajo.
Ao anunciar, em maio, sua nova grade de programação, o Paka Paka garantiu que o conteúdo não terá "orientação ideológica".
Mas críticos afirmam o contrário e responsabilizam Milei, que frequentemente cita alguns dos economistas que aparecem na série. Os cães do presidente, inclusive, têm seus nomes.
Para Valeria Dotro, ex-responsável pelos conteúdos do canal infantil, Tuttle Twins "parece uma provocação, porque é algo muito grosseiro, que não tem narrativa nem lógica que o torne interessante, (...) considero ruim como produto".
"Há uma intenção concreta de transmitir uma ideologia", afirmou à AFP.
- Tuttle Twins -
Em Tuttle Twins, economistas liberais explicam conceitos como inflação, subsídios estatais e planejamento central da economia. Também aparecem personagens como o bilionário Elon Musk e o autor do "Manifesto comunista", Karl Marx, que, ridicularizado, está sempre pedindo dinheiro.
"Todo mundo precisa de comida, água e abrigo para sobreviver, mas precisar disso não lhes dá o direito de ter. Isso ocorre porque você não tem direito ao trabalho do outro", afirma a versão animada do filósofo inglês John Locke (1632-1704), considerado um dos pais do liberalismo.
Outros trechos da série questionam os benefícios da educação universitária. "Há bons programadores no Google, Apple e Microsoft que foram contratados apenas com um curso de três meses", canta um personagem.
Tuttle Twins é baseado nos livros homônimos de Connor Boyack, que também é produtor-executivo da série televisiva e admirador confesso de Milei, a quem incluiu em uma de suas últimas histórias em quadrinhos, "As medalhas ao mérito", como um jovem crítico do socialismo.
Os livros e a série fazem parte do Instituto Libertas, uma fundação cristã com sede em Utah, nos Estados Unidos.
De acordo com a conta no X do programa, o governo argentino está "substituindo desenhos animados literalmente marxistas por uma educação divertida sobre liberdade, economia e direitos individuais".
Mas Cecilia Veleda, doutora em sociologia da educação, discorda.
"Não se pode fazer as crianças reféns em meio a disputas ideológicas de adultos. São obsessões pessoais do presidente traduzidas em conteúdos errôneos, com inverdades, discriminações, ataques", declarou ao jornal argentino La Nación.
O peronismo, atualmente a principal força política de oposição na Argentina, estava no poder quando o Paka Paka foi criado em 2010, durante o mandato da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015). Na época, segundo o governo de Milei, o conteúdo do canal estatal infantil era altamente ideologizado.
"Todos temos uma visão ideológica, assim como todas as instituições. A de Paka Paka era o protagonismo das crianças, a perspectiva de direitos, a nação, a educação, a diversidade, etc", disse Dotro.
O.Johnson--AMWN