
-
Lázaro Cárdenas, o grande porto mexicano que enfrenta o furacão Trump
-
Rubio, o falcão de Trump que assume um raro desafio duplo na Casa Branca
-
Juan José Omella, de padre de aldeia na Espanha ao conclave
-
Criação de empregos supera previsões nos EUA
-
'Não haverá um Francisco II', prevê vaticanista às vésperas do conclave
-
Peter Edo, o cardeal húngaro com imagem marcada por seus vínculos com Orban
-
Cardeal francês Aveline, defensor de migrantes em Marselha e próximo de Francisco
-
Orgias, assassinatos e espiões: os demônios históricos da Santa Sé
-
Inflação da zona do euro permaneceu estável em abril em 2,2%
-
Extrema direita britânica consolida ascensão e tira cadeira de trabalhistas
-
China considera negociar com EUA, mas pede retirada prévia de tarifas
-
Matteo Zuppi, cardeal italiano progressista e diplomata discreto
-
Vaticano instala chaminé na Capela Sistina para o conclave
-
RSF alerta para deterioração da liberdade de imprensa nos EUA e América Latina
-
Sabalenka vai lutar por seu 3º título em Madri na final contra Gauff
-
Chelsea goleia na visita ao Djurgarden (4-1) e fica perto da final da Conference League
-
No Dia Nacional da Oração, Trump fala em "virgens" e ouve sobre "sonhos divinos"
-
EUA prevê novas negociações com o Irã, Trump pressiona por sanções
-
Betis vence Fiorentina (2-1) na ida da semifinal da Conference League
-
Tottenham vence Bodo/Glimt (3-1) e fica mais perto da final da Liga Europa
-
Trump substitui assessor de Segurança Nacional após escândalo e fortalece Rubio
-
United vence na visita ao Athletic Bilbao (3-0) pela ida das semis da Liga Europa
-
Nottingham Forest perde para o Brentford (2-0) e fica fora da zona da Champions
-
Rio de Janeiro se enche de 'little monsters' fanáticos por Lady Gaga
-
Defesa de Weinstein tenta desacreditar uma de suas acusadoras nos EUA
-
Julen Lopetegui é o novo técnico da seleção do Catar
-
Zelensky celebra acordo sobre minerais 'realmente justo' assinado com EUA
-
O que se sabe do acordo sobre minerais entre EUA e Ucrânia
-
Palmeiras nega que Abel Ferreira esteja em negociação com a CBF
-
Cardeal Pizzaballa, patriarca de Jerusalém e hábil diplomata em um entorno explosivo
-
Manolo 'el del Bombo', torcedor mais ilustre da seleção espanhola, morre aos 76 anos
-
Líder da minoria drusa da Síria denuncia massacres e critica o poder islamista
-
Cerúndolo vence Mensik e vai enfrentar Ruud nas semis do Masters 1000 de Madri
-
Cuba tem grande marcha de 1º de maio contra sanções dos EUA
-
Swiatek, atual campeã, é atropelada por Gauff na semifinal do WTA 1000 de Madri
-
Sheinbaum e Trump acordam melhorar balança comercial entre México e EUA, ainda sem acordo sobre tarifas
-
Cipriani, o cardeal peruano acusado de abuso sexual que desafia Francisco após sua morte
-
Cardeal Turkson, favorito para se tornar o primeiro papa africano
-
Bolsonaro deixa UTI quase três semanas depois de cirurgia abdominal
-
Britânica de 115 anos se torna pessoa mais idosa do mundo
-
Eleições locais podem confirmar crescimento da extrema direita no Reino Unido
-
Incêndios perto de Jerusalém estão 'sob controle'
-
Israel reabre estradas fechadas por incêndio perto de Jerusalém
-
Kamala Harris denuncia visão 'egoísta' com que Trump governa os EUA
-
Trump diz a Musk que ele pode ficar pelo tempo que quiser
-
Colômbia liberta 99 mulheres presas por narcotráfico
-
EUA busca países para receber imigrantes deportados
-
EUA e Ucrânia assinam acordo para acesso aos recursos naturais ucranianos
-
Juíza anula ordem de captura contra Morales na Bolívia
-
Fórmula 1 renova contrato com GP do México até 2028

Biden e McCarthy mantêm diálogo 'produtivo', mas sem acordo sobre dívida dos EUA
Com a ameaça iminente de um calote inédito dos Estados Unidos, uma reunião nesta segunda-feira (22) entre o presidente Joe Biden e líder da oposição Kevin McCarthy não resolveu a disputa entre ambos, apesar de terem classificado o encontro como "produtivo".
A secretária do Tesouro, Janet Yellen, deixou claro o que estava em jogo quando, horas antes, insistiu que é "muito provável" que o governo dos Estados Unidos fique sem dinheiro depois de 1º de junho.
Ao receber na Casa Branca o presidente da Câmara dos Representantes, Biden disse que estava "otimista" de concluir a reunião com um "avanço".
"Ainda não chegamos a um acordo. O debate foi produtivo nas áreas em que temos divergências de opinião", disse McCarthy após a reunião.
"O tom da reunião desta noite foi melhor do que o de todas as outras anteriores", acrescentou, mas frisou: "Seguimos tendo diferenças filosóficas."
Posteriormente, o presidente utilizou um tom similar ao de McCarthy em um comunicado, chamando a reunião de "produtiva", mas acrescentando que "áreas de desacordo" ainda persistem.
Ambos haviam se reunido duas vezes no período de 15 dias com outros congressistas, mas, desta vez, o encontro foi tête-à-tête.
A reunião deveria deixar para trás as discussões difíceis do fim de semana entre funcionários de ambas as partes com a ausência de Biden, que estava no Japão participando da Cúpula do G7.
Em meio a esses debates, Biden e McCarthy conversaram no domingo, quando o presidente retornava de seu compromisso no Japão.
Não obstante, após a reunião de hoje no Salão Oval e a descrição de McCarthy de que as conversas tinham sido produtivas, sua equipe voltou a elevar o tom.
O congressista e negociador republicano Patrick McHenry disse aos jornalistas: "O que percebo da Casa Branca é uma falta de urgência."
- Efeitos concretos -
Para eliminar o risco de um default, o Congresso deve aprovar uma elevação do teto da dívida pública. O Senado é controlado pelos democratas, enquanto os republicanos são maioria na Câmara.
Os republicanos exigem uma forte redução dos gastos públicos como condição para elevar o teto, mas Biden, que faz campanha para sua reeleição em 2024 com promessas de justiça social, não quer fazer esses cortes.
Antes da reunião, McCarthy disse que estava bastante otimista. Afirmou à emissora CNN que "o que for negociado será visto por uma maioria de republicanos como a solução correta para nos colocar no caminho certo".
Biden, por sua vez, também disse ser favorável a reduzir o déficit, mas considera necessário "avaliar os espaços fiscais e garantir que os ricos paguem sua parte justa" de impostos.
O chamado "teto da dívida" de mais de 31 trilhões de dólares (cerca de R$ 154 trilhões) - um recorde mundial - já foi alcançado há vários meses, mas o governo federal conseguiu gerenciar a situação até agora através de manobras contábeis.
Se não honrar com suas obrigações, os Estados Unidos não poderão pagar os detentores de títulos do Tesouro, um ativo de segurança das finanças mundiais. O governo tampouco poderia arcar com os subsídios e as pensões dos veteranos, por exemplo.
As consequências para a economia mundial seriam catastróficas, advertem os economistas.
"Os Estados Unidos nunca deixaram de pagar suas dívidas. E isso nunca será o caso", afirmou Biden.
Uma decisão tomada de última hora também pode ter consequências. Em 2011, existia apenas a ameaça de um default e isso fez com que os Estados Unidos, pela primeira vez, perdessem sua preciosa nota de crédito de triplo A, a melhor das agências de avaliação de risco.
- Sombra de Trump -
A sombra de Donald Trump, contudo, paira sobre as negociações. No dia 10 de maio, o ex-presidente republicano, que mantém forte influência no partido, pediu a seus correligionários que se recusassem a elevar o limite da dívida, o que provocaria o default, caso os democratas não concordem em reduzir os gastos.
No domingo, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, lamentou as "reivindicações partidárias extremas" propostas pelos conservadores.
McCarthy, por sua vez, acusou a "ala à esquerda do Partido Democrata" de estar "no comando".
Se a falta de acordo persistir, resta a Biden um último recurso: invocar a 14ª Emenda da Constituição americana, que estipula que "a validade da dívida pública dos Estados Unidos, autorizada por lei, [...] não deve ser questionada".
Em outras palavras, os gastos já votados devem poder ser pagos.
Apesar de considerar essa possibilidade, Biden se mostrou cético, enquanto Yellen também se referiu a uma "incerteza jurídica" e ao "prazo apertado".
O negociador do Partido Republicano Patrick McHenry descreveu o que considera uma "situação muito difícil" para se chegar a um acordo que supere um Congresso dividido e se transforme em lei nos próximos 10 dias.
Assim como quase todas as grandes economias, os Estados Unidos vivem de crédito. Entretanto, nos Estados Unidos é uma prerrogativa do Congresso votar o aumento do teto da dívida pública que a maior economia do mundo está autorizada a acumular.
O que inicialmente era uma formalidade, tornou-se agora uma batalha política.
O.Johnson--AMWN