-
Escândalo no Miss Universo após discussão entre organizador tailandês e candidata mexicana
-
Tribunal critica Louvre por preferir 'operações de grande visibilidade' a investir em segurança
-
Ex-chefe de polícia da Nova Zelândia admite posse de material sexual infantil e zoofílico
-
Cúpula de líderes mundiais em Belém tenta salvar a luta pelo clima
-
Acidente com avião de carga deixa 12 mortos nos EUA
-
Meghan Markle se prepara para voltar ao cinema
-
Gigantes tecnológicas miram no espaço para impulsionar corrida pela IA
-
'O futebol vai conquistar os Estados Unidos', garante presidente da Fifa
-
Acidente com avião de carga deixa 11 mortos nos EUA
-
EUA cancelará voos a partir de 6ª feira por fechamento do governo
-
Inter de Milão vence Kairat Almaty (2-1) e se mantém 100% na Champions
-
Barcelona evita derrota em visita ao Brugge (3-3) na Champions
-
Manchester City goleia Borussia Dortmund (4-1) na Champions
-
Trump ataca democratas por maior paralisação de governo da história nos EUA
-
Milan registra queda nos lucros apesar de bater recorde de receitas
-
Imagens de satélite ajudam a revelar atrocidades da guerra no Sudão
-
Estêvão marca e Chelsea empata com Qarabag (2-2) na Champions
-
Premiê belga convoca reunião de emergência após novos sobrevoos de drones
-
Novo julgamento por morte de Maradona começará em 17 de março de 2026
-
Pagar para preservar as florestas: Brasil promove ambicioso fundo na COP30
-
Rybakina e Anisimova avançam no WTA Finals
-
França ativa procedimento para 'suspender' plataforma Shein
-
EUA quer abrir escritórios de departamento de segurança no Equador
-
Suárez é suspenso por agredir adversário e desfalcará Inter Miami nos playoffs da MLS
-
Hakimi, Dembélé e Nuno Mendes desfalcarão PSG nas próximas semanas
-
Homem atropela pedestres e deixa cinco feridos na França
-
Justiça da Bolívia anula sentença contra ex-presidente Jeanine Añez e ordena sua libertação
-
Rybakina vence Alexandrova e termina 1ª fase do WTA Finals invicta
-
Presidente do México denuncia homem que a assediou sexualmente na rua
-
Balmain anuncia saída de seu diretor artístico Olivier Rousteing
-
Putin diz que Rússia está avaliando retomar testes nucleares
-
Trump ataca democratas por maior paralisação do governo dos EUA da história
-
Primeiro-ministro belga convoca reunião de emergência após novos sobrevoos de drones
-
Pagar para preservar as florestas: Brasil promove ambicioso fundo de investimentos na COP30
-
Aos 45 anos, Venus Williams disputará WTA 250 de Aukcland
-
Acidente com avião de carga deixa 9 mortos nos EUA
-
França inicia processo para 'suspender' Shein por venda de bonecas sexuais
-
Emmanuel Carrère ganha prêmio Médicis na França com livro sobre sua mãe
-
Os principais temas das memórias de Juan Carlos I
-
Sudaneses descrevem estupros sistemáticos ao fugir de El Fasher
-
Bortoleto e Colapinto abrem horizontes para América Latina na F1
-
'Somos ricos demais', diz o famoso fotógrafo Martin Parr
-
Em livro de memórias, rei emérito Juan Carlos I busca 'aproximar-se' dos espanhóis
-
Com 29 minutos debaixo d'água, apneísta croata explora limites humanos
-
Anfitrião da COP30, Brasil ostenta balanço positivo em matéria climática
-
Shein inaugura em Paris sua primeira loja física com forte presença policial
-
Países latino-americanos buscam atrair o turismo europeu em feira de Londres
-
Estudo reforça benefícios de vacinas contra covid em crianças e adolescentes
-
Palestino vencedor do Oscar filma a 'impunidade' israelense na Cisjordânia
-
Eleitores da Califórnia aprovam mudança do mapa eleitoral para contra-atacar Trump
'Um dia após o outro' - Argentina amarga maior inflação mensal em 30 anos
A inflação registrou 12,4% em agosto na Argentina, a mais alta em um mês desde 1991, e as pessoas fazem malabarismos para chegar ao fim do mês.
O instituto nacional de estatísticas divulgou, nesta quarta-feira (13), o dado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que acumula 124,4% em 12 meses e 80,2% este ano. A inflação na Argentina está entre as mais altas do mundo.
A inflação mensal não era tão alta desde fevereiro de 1991 (27%), quando o país adotou um processo de conversibilidade fixa do peso em relação ao dólar. A última vez que o IPC mensal chegou a dois dígitos foi em abril de 2002 (10,4%), justamente depois que o país abandonou este modelo de paridade fixa de 1 a 1.
O setor que mais sofreu o impacto inflacionário foi o de alimentos e bebidas não alcoólicas, com alta de 15,6%, "resultante do aumento nos preços das carnas e derivados, e das verduras, tubérculos e legumes".
- "Não tem nada" -
A carne, central na dieta dos argentinos, teve altas de mais de 30%. A carne moída comum, a mais popular, por exemplo, aumentou 39,4% em agosto, segundo o boletim. Cortes mais nobres também tiveram altas importantes.
"Não tem nada, não há dinheiro para economizar", disse à AFP a professora Karina Sablich, enquanto fazia compras em um mercado aberto de Buenos Aires. "Vivemos um dia após o outro, trabalho o dia todo porque com um único emprego, não damos conta".
O ministro da Economia, Sergio Massa, candidato do governo à Presidência, falou pouco depois da divulgação do índice.
"Agosto foi um dos piores meses no processo econômico dos últimos 30 anos, devido a uma imposição do Fundo Monetário Internacional", disse.
Ele se referiu à desvalorização do peso em 21% em 14 de agosto, acordada com o FMI para liberar parcelas do programa de crédito firmado com o organismo por 44 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 215 bilhões de reais).
A ela, seguiu-se uma enxurrada de remarcações de preços a poucas semanas das eleições presidenciais de 22 de outubro, nas quais os candidatos da oposição prometem adotar um ajuste fiscal austero para estabilizar a economia.
O mercado já esperava uma inflação de dois dígitos e a bolsa fechou no azul (2,84%).
- "Uma vergonha" -
O setor da saúde registrou alta de 15,3%; equipamento e manutenção do lar, 14,1%; e transporte, 10,5%.
"Uma vergonha", escreveu a candidata conservadora Patricia Bullrich. "Não é só a inflação, é o número que resume a tragédia que Massa e o kirchnerismo nos deixam".
O economista Victor Beker, diretor do Centro de Estudos da Nova Economia da Universidade de Belgrano, disse que "é necessário um plano anti-inflacionário".
"Mas, certamente, até 10 de dezembro, não vai existir", explicou à AFP. É nesta data que o novo governo será empossado.
A Argentina já teve dois episódios de hiperinflação: em 1989, de 3.079% anual, e em 1990, de 2.314%.
O país adotou, então, o modelo da "conversibilidade", apoiado em privatizações, desregulamentações e em uma abertura total da economia.
A inflação anual baixou para um dígito, mas o aumento das importações elevou a dívida em divisas, arruinou a indústria e provocou uma grave recessão, que precipitou a crise política de 2001 e a desvalorização do peso em 2002.
- Esticar o dinheiro -
Massa prevê anunciar novas medidas, que se seguem à anunciada nestes dias de aumentar o valor mínimo da faixa para o pagamento do imposto de renda, que - disse - vai melhorar o dinheiro no bolso dos argentinos em até 21%.
Desconfiadas, as pessoas esticam como podem o dinheiro.
"Há uma descrença total e continuamos, apesar de tudo, sabendo que por enquanto as coisas não vão mudar", disse Sablich. "Isso é o mais triste de estar neste país neste momento: a incerteza de não saber como vamos sair, quem vai nos tirar" desta situação.
O boletim FocusEconomics de setembro, que reúne mais de 40 analistas de bancos e consultorias, estima que a inflação encerrará 2023 mais alta que no ano anterior, "impulsionada pelo colapso do peso em meio ao financiamento monetário [mediante emissão monetária] do déficit fiscal".
"Uma desvalorização do peso mais rápida que o esperado e a generosidade fiscal antes das eleições de outubro são riscos-chave para a alta", afirmou.
T.Ward--AMWN