-
A história de amor de um imigrante venezuelano interrompida na prisão de Bukele
-
TEDH condena França por lacunas em normas jurídicas sobre consentimento sexual
-
Rubio se reúne com Noboa para reforçar cooperação EUA-Equador em segurança
-
Kathryn Bigelow quer incentivar o debate sobre o risco das armas nucleares com seu novo filme
-
Aliados da Ucrânia se reúnem em Paris para pressionar Trump e Rússia
-
Impulsionadas por movimentos anti-imigração, bandeiras nacionais proliferam no Reino Unido
-
Luto nacional em Portugal após acidente que deixou 17 mortos em Lisboa
-
Governo Trump pede à Suprema Corte uma decisão rápida sobre as tarifas
-
Microfones abertos registram conversa entre Xi e Putin sobre imortalidade
-
Presidente da Guiana, Irfaan Ali, anuncia reeleição para segundo mandato
-
Sinner atropela Musetti e chega às semifinais do US Open
-
Ato de campanha de Milei termina com incidentes na Argentina
-
Harvard obtém vitória contra Trump na Justiça dos EUA
-
Osaka vence Muchova e já está nas semifinais do US Open
-
Brasil testa peças contra o já eliminado Chile nas Eliminatórias
-
Tribunal peruano ordena a liberação do ex-presidente Vizcarra
-
Anisimova se vinga de Swiatek e avança às semifinais do US Open
-
Comissário da NFL sinaliza possibilidade de show de Taylor Swift no Super Bowl
-
Quadro roubado por nazistas nos Países Baixos é encontrado na Argentina
-
Messi ensaia despedida em casa diante de uma esperançosa Venezuela
-
Descarrilamento do Elevador da Glória deixa 15 mortos e 18 feridos em Lisboa
-
Ataque dos EUA no Caribe marca mudança na luta contra o narcotráfico
-
EUA vai respeitar soberania do México, mas promete manter ataques a cartéis
-
Auger-Aliassime elimina De Minaur e volta à semifinal do US Open
-
EUA apreende 13 mil barris de produtos químicos para fabricar drogas enviados da China ao México
-
Fifa inicia processo de venda de ingressos para Copa de 2026
-
Descarrilamento de funicular deixa 15 mortos e 18 feridos em Lisboa
-
Vítimas de Epstein preparam lista de abusadores sexuais
-
'Rainha da cetamina' se declara culpada da morte de Matthew Perry
-
Força da ONU no Líbano denuncia ataque israelense contra integrantes da missão de paz
-
Defesa de Bolsonaro pede ao STF sua absolvição no julgamento da trama golpista
-
Recuperados 270 corpos após deslizamento de terra no oeste do Sudão
-
Yago Dora, o campeão mundial de surfe que domina as ondas inspirado em Ronaldo
-
Grupo Estado Islâmico reivindica atentado suicida em comício no Paquistão
-
Sánchez e Starmer firmam acordo que reforça cooperação entre Espanha e Reino Unido
-
Rubio se reúne com presidente do México após escalada dos EUA contra cartéis
-
Europeus se preocupam com possível impacto do acordo UE-Mercosul na agricultura
-
Segurança em ato de campanha de Milei é alvo de polêmica na Argentina
-
'Trump ataca as universidades americanas', diz ex-reitora de Harvard
-
Equatoriana Ana Cristina Barragán apresenta 'Hiedra' em Veneza, uma história de ternura e abandono
-
Guerra em Gaza deixa mais de 21 mil crianças com deficiência, alerta ONU
-
China é 'imparável', diz Xi junto a Kim Jong Un e Putin em desfile militar em Pequim
-
Ao menos 21 mil crianças ficaram com deficiências desde o início da guerra em Gaza, diz ONU
-
Trump se diz pronto para enviar mais tropas americanas para a Polônia
-
Mercado de transferências internacionais dispara a um ano da Copa do Mundo
-
Defesa de Bolsonaro pede sua absolvição por tentativa de golpe de Estado
-
Sobreviventes de áreas isoladas do Afeganistão seguem à espera de ajuda após terremoto
-
Fed se manterá independente, afirma alto funcionário crítico de Powell
-
Rubio chega ao México para reunião com presidente após escalada dos EUA contra cartéis
-
'Estamos avaliando a cada dia', diz Ancelotti sobre Neymar
Inflação: Preços ou Moeda?
Afinal, o que é “inflação”: o aumento generalizado dos preços ao consumidor ou a expansão da quantidade de dinheiro? A resposta curta é que há duas tradições diferentes. Para a maioria das autoridades monetárias e institutos de estatística, inflação é a variação sustentada do nível de preços medido por índices como IPCA (Brasil) ou HICP (zona do euro). Já a tradição monetarista sustenta que inflação é, em essência, um fenômeno ligado ao dinheiro: quando a quantidade de moeda cresce persistentemente mais rápido que a produção, o poder de compra do dinheiro cai e os preços sobem. As duas visões não são mutuamente excludentes — uma descreve “o que medimos”, a outra enfatiza “por que acontece”.
Nos últimos anos, a prática de política econômica tem sido guiada pelo alvo explícito para a inflação de preços. O Banco Central Europeu, por exemplo, persegue 2% ao ano como objetivo de estabilidade de preços, com projeções indicando inflação média por volta dessa marca em 2025. No Brasil, a autoridade monetária mira 3% (com banda de tolerância) e utiliza o IPCA como referência oficial. Esses alvos orientam decisões de juros e comunicação, ancoram expectativas e servem de base para contratos, salários e orçamentos públicos.
Os dados recentes ajudam a iluminar o debate. No Brasil, a prévia de agosto (IPCA-15) registrou deflação de 0,14% na margem — primeira queda em dois anos — puxada, sobretudo, por energia elétrica mais barata após desconto temporário, e recuo em itens de habitação, além de alívio em alimentação, transportes e comunicação. No acumulado em 12 meses, a taxa desacelerou para 4,95%, aproximando-se da banda da meta. Ainda assim, o Comitê de Política Monetária manteve a Selic em 15% a.a. no fim de julho, avaliando que a convergência das expectativas para o centro de 3% segue lenta. A resiliência do mercado de trabalho — com taxa de desemprego no menor nível da série — também sugere cautela para evitar reaquecer a demanda.
No plano internacional, a fotografia monetária trouxe um experimento natural. Após a pandemia, os agregados monetários nos EUA (como M2) dispararam em 2020-2021 e, depois, encolheram de forma inédita entre 2022 e 2023, na esteira do aperto de juros e da redução do balanço do banco central. Mesmo assim, a inflação não desabou instantaneamente: ela cedeu gradualmente a partir de meados de 2022, à medida que gargalos de oferta foram se desfazendo, a energia barateou e a política monetária ficou restritiva. A lição prática é que a relação entre dinheiro e preços existe, mas não é mecânica nem de curto prazo: depende do ciclo, das expectativas, da velocidade de circulação da moeda e de choques reais (oferta e demanda).
Outra controvérsia recente foi a do “profit-push” — o argumento de que margens corporativas elevadas teriam amplificado a alta de preços (“greedflation”). Evidências acadêmicas e setoriais são mistas: alguns estudos apontam contribuição relevante dos lucros em segmentos específicos (energia, alimentos processados), enquanto outros não encontram base robusta para explicar a inflação agregada apenas por esse canal. Para o formulador de política, o ponto crucial continua sendo a dinâmica dos componentes “persistentes” — serviços, salários e expectativas — mais sensíveis ao hiato do produto e à taxa de juros.
E a “base monetária”? Tecnicamente, ela é o passivo do banco central (moeda em circulação + reservas bancárias) e fica sob controle direto da autoridade monetária. Em regimes modernos, o banco central ajusta a taxa básica de juros e fornece a liquidez necessária para que essa taxa prevaleça. Assim, a base pode crescer ou encolher por razões operacionais sem sinalizar, por si só, pressão de preços iminente. Já agregados mais amplos (M2) refletem também o crédito bancário e o apetite por depósitos — eles conversam com o ciclo econômico e com as condições financeiras, mas seu poder preditivo para a inflação varia ao longo do tempo.
O veredito jornalístico? Para a vida real de famílias, empresas e governos, inflação é — e continuará sendo — o aumento persistente dos preços. Para entender suas causas e calibrar a política, acompanhar moeda e crédito segue útil, porém dentro de um diagnóstico mais amplo que inclua capacidade ociosa, salários, choques de energia e expectativas. Dito de outro modo: a etiqueta no supermercado define o “o quê”; a engenharia monetária ajuda a explicar o “por quê”.

A Polónia e o perigo dos requerentes de asilo

Ucrânia: Recrutadores procuram em Kiev

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

UE: Tarifas sobre os automóveis eléctricos da China

Ucrânia: A questão da defesa antimíssil

Crise: Futuro de uma fábrica Audi?

Exposição: "Ah, Amália - Living Experience"

Israel-Líbano-UE: Uma vaga de refugiados?

Ucrânia: Zelensky pede ajuda internacional

Trabalhadores manifestam-se em Bruxelas

NATO: a Ucrânia está “no topo da lista”!
