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Abdullah Öcalan, ícone da causa curda na Turquia
Vinte e seis anos após sua captura pelos serviços secretos turcos, Abdullah Öcalan, líder histórico do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que anunciou sua dissolução nesta segunda-feira (12), continua sendo, de sua cela na prisão, um ícone da causa curda na Turquia.
Inimigo público número um de Ancara, detido em 15 de fevereiro de 1999 no Quênia após uma feroz perseguição e, desde então, preso em confinamento solitário na ilha-prisão de Imrali - perto de Istambul -, Öcalan, 76 anos, encerrou oficialmente a luta armada em 27 de fevereiro, quando fez um chamado para a dissolução do partido.
Desde 2013, esta é a terceira vez que veterano líder convoca o fim do conflito, após duas tentativas frustradas no início da década de 2000.
"Todos os grupos devem depor as armas e o PKK deve se dissolver", ordenou ele em uma declaração lida por parlamentares curdos que o visitaram, explicando que ele "assumia" a responsabilidade pela decisão histórica.
Desde o final do ano passado, com a abertura do diálogo iniciado por Ancara, ele afirmava que poderia levar a questão curda "do campo da violência para o campo da política", alegando estar "pronto para tomar as medidas necessárias".
Apesar do confinamento e do silêncio, o homem que é chamado de "Apo" ou "Serok" ("Tio" e "Chefe" em curdo) continua sendo o símbolo da causa curda na Turquia, onde o conflito entre o PKK e o Estado deixou mais de 40 mil mortos desde 1984.
Sua influência continua viva também na Europa, onde os refugiados curdos agitam regularmente bandeiras e faixas com seu rosto.
Nascido em 4 de abril de 1949 em uma família de camponeses no vilarejo de Ömerli, na fronteira com a Síria, Abdullah Öcalan envolveu-se com a extrema esquerda durante os estudos de Ciências Políticas em Ancara, o que o levou a uma primeira detenção em 1972.
Em 1978, fundou o PKK, de tendência marxista-leninista. Dois anos depois, partiu para o exílio, principalmente em Damasco ou no Vale do Bekaa, no Líbano, controlado pela Síria, onde montou seu quartel-general.
- Referência -
Em agosto de 1984, "Apo" optou pela luta armada para conseguir a criação de um Estado curdo.
Ancara respondeu aos ataques do PKK com uma repressão feroz. O sudeste do país gradualmente entrou em um estado de guerra civil quase total, com o grupo rotulado como "terrorista" pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Forçado em 1998 a deixar a Síria sob pressão turca, ele vagou pela Europa antes de ser capturado pelos serviços secretos turcos do lado de fora da embaixada da Grécia em Nairóbi, no Quênia.
Devolvido à Turquia, ele foi condenado à morte, pena que foi comutada para prisão perpétua com a abolição da pena de morte em 2002.
Ancara acreditava que, ao prendê-lo, havia decapitado o PKK. Porém, mesmo isolado, "Apo" continua liderando o movimento, dando instruções a seus visitantes, embora o comando militar, refugiado no Iraque, tenha escapado de seu controle.
Foi ele que, em duas ocasiões, no início dos anos 2000 e depois em 2013, ordenou um cessar-fogo unilateral.
Também ordenou que o movimento renunciasse à ideia de um Estado curdo independente e defendesse a autonomia política dentro da Turquia, onde os curdos representam quase 20% da população de 85 milhões de habitantes.
Em 2015, após dois anos de apaziguamento e negociações com Ancara sobre os direitos culturais e a representação política dos curdos, o conflito recomeçou no sudeste da Turquia, de maioria curda, devastando em particular a antiga cidade de Diyarbakir.
Öcalan lamentou no ano seguinte as mortes de "tantas pessoas", especialmente jovens inexperientes, em "uma guerra na qual nenhum lado pode vencer", de acordo com declarações relatadas por seu irmão Mehmet.
Desde então, "a sociedade curda se diversificou e o movimento curdo político e jurídico se afirmou como um ator", enfatiza Hamit Bozarslan, diretor da Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais, em Paris.
"Mas, para grande parte dos curdos, ele é o personagem de referência, é o 'Tio' que não apenas personifica a causa, mas toda a nação curda", destaca.
A.Jones--AMWN